Star Wars Acording to a 3 years-old girl
that´s it.
http://www.youtube.com/watch?v=EBM854BTGL0
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
domingo, fevereiro 17, 2008
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
Livros - parte 2
Continuando na linha tragédias pessoais, além de Persépolis, li também MAUS, que é um livro/HQ do autor contando conversas com o pai, que é judeu e esteve em Auschiwitz. Outro livro um pouquinho escroto porque expõe o pai, a madrasta e a mulher do autor, mas que é incrivelmente bom, e conta a trajetória de sobrevivência do pai dele.
E li a primeira parte (de quatro) de GEN (Lê-se GUEN), uma HQ autobiográfica de um sobrevivente da bomba de hiroshima. Não é muito bom, mas é MUITO informativo, vale muto lê-lo.
Continuando na linha tragédias pessoais, além de Persépolis, li também MAUS, que é um livro/HQ do autor contando conversas com o pai, que é judeu e esteve em Auschiwitz. Outro livro um pouquinho escroto porque expõe o pai, a madrasta e a mulher do autor, mas que é incrivelmente bom, e conta a trajetória de sobrevivência do pai dele.
E li a primeira parte (de quatro) de GEN (Lê-se GUEN), uma HQ autobiográfica de um sobrevivente da bomba de hiroshima. Não é muito bom, mas é MUITO informativo, vale muto lê-lo.
Livros
No carnaval, li "Caçadores de Pipas". Hoje, terminei de ler "O livreiro de Cabul" e li tammbém "Eu sou o livreiro de Cabul".
Todos misturam ficção com realidade e tratam do Afeganistão nesse processo URSS X Talibãs X EUA no país. O primeiro se diz 100% ficção, mas reproduz no comportamento das personagens o modo de viver afegão. O segundo se diz reportagem realidade, e foi escrito por uma norueguesa que viveu com uma família afegã durante aproximadamente 5 meses e, tendo acesso ao mundo masculino e ao mundo feminino de lá, relatou acontecimentos intermediasdos (obviamente) por sua visão de mundo e seu eurocentrismo. E o último é a resposta ao segundo, escrito pelo personagem central do livro, o chefe da família afegã que recebeu a norueguesa.
Antes de julgar qualquer coisa, gostaria de dizer que os três demonstram que o Afeganistão passou por um processo muito duro e destrutivo nos últimos anos, e migrou de um país razoável/rico para um espólio de guerra totalmente destruído. Em todos, se fala do modo como as coisas eram antigamente, pouco antes das mudanças radicias, durantes as três mudanças radicais e agora.
O Afeganistão é um país de maioria muçulmana que segue os ditames desta religião. Estes ditames variam um pouco de país para país. Por exemplo, o modo como a burca deve ser utilizada. Na década de 60 e um pouco da década de 80, boa parte dos países mulçumanos era partidário do que chamarei de "islamismo ocidentalizado". Ia chamar de Islamismo esclarecido, por seu mais liberal em alguns aspectos, mas percebi que seria liberal nos meus conceitos, e assim eu estaria sendo totalmente ema-céntrico.
Este "Islamismo ocidentalizado" era um islamismo menos atento às leis e costumes originais do Islã. As mulheres não precisariam usar a bruca, poderiam andar nas ruas sozinhas, trabalhar, ter contatos com homens que não fossem de sua família. As bebidas eram permitidas, bem com música, cigarro, fotografias, liberdade de culto e, de alguma forma, liberdade sexual.
Depois deste período, houve diversos problemas na área. No caso do Afeganistão, houve a invasão da Rússia. Seguida pela tomada do país pelo Talibã.
Durante o tempo de controle do Talibã, as tradições voltaram (ou pelo menos foi esta a itnenção) ao que eram na época do profeta Maomé (ou seja, a de 1300 anos atrás). Bebidas estavam proibidas. As pessoas eram obrigadas a rezar 5 vezes por dia. Existia uma Ministério do Vício para controlar o modo de agir dos cidadãos. Os homem deveriam ter barba de comprimento de um punho. As mulheres deveriam cobrir todos os fios do corpo e não permitir que fosse possível se imaginar seus corpos usando roupas apertadas. Não deveriam falar, olhar, serem vistas e andar com homens que não fossem da sua família.
Então veio o 11 de setembro, tiraram o Talibã do poder (não vou discutir aqui se a forma como isso foi feito é correta ou não), e os costumes tendem a voltar ao Islamismo ocidentalizado. Mas isso é apenas o páno de fundo sobre o que eu qeuro realmente tratar.
A norueguesa, jornalista, estaav em Cabul (capital do Afeganistão) quando o Talibã foi expulso, e quis acompanhar de perto este processo de mudança política no local. Tendo conhecido a família do chamado Livreiro, viveu com eles, conversando com as mulheres, colhendo a opinião dos homens. Seu livro conta, minunciosamente, detalhes da vida desta família. Verdadeiros ou falsos, estes detalhes, se lidos por qualquer pessoa que tenha contato com esta família, seria motivo de desgraça.
Ela conta detalhes dos pensamentos e sonhos de cada um dos membros da família. Como todo mundo, estes membros por vezes têm desejos que são considerados errados, por falta de uma palavra melhor, no status quo afegão. As pessoas são expostas, sem seu consentimento, de forma violenta e degradante. Independentemente da veracidade das palavras da norueguesa, o acesso a estes escritos, por parte de um vizinho, por exemplo, desonraria toda a família. No Afeganistão, só as mulheres sabem o que as mulheres pensam. A elas, é reservado o quadro de obediência ao marido, irmão mais velho, chefe da casa ou "instituição" semelhante. É proibido, por exemplo, a uma mulher solteira, que receba cartas de amor de um jovem, principalmente se este não for de sua família. Só o fato de ela receber estas cartas já é em si um crime grave na sociedade comum afegã.
Isso é uma das passagens do livro. Uma das filhas do Livreiro, segundo a norueguesa, recebe cartas de amor de um jovem amigo de um de seus irmãos. Segundo a autora, um dos filhos do livreiro tenta conseguir sexo pago, outro crime. Uma família vizinha, de acordo com os relatos da jornalista, teria matado uma jovem (da própria família) por ter desonrado os seus iguais. E assim sucessivamente.
Como se já não bastassem os comentários relativos à interpretação da jornalistas sobre vários fatos relatados (interpretações estas que podem muito bem ser falsas) e o modo típico europeu de desconsiderar qulaquer cultura que não siga os padrões a qual está acostumado, ela abre a intimidade de uma família para o mundo, e pior, permite, via comentários diversos, que qualquer um que tenah freqüentado Cabul algumas vezes saiba de quem ela está falando, por mais que a norueguesa se utilize de subterfúcios, como renomear as pessoas.
Ora, Cabul é uma cidade quase destruída e muito pobre. O protagonista é um homem rico (para os padrões do país), dono de três livrarias, uma em um hotel famoso da cidade, vendedor de exclusivos cartões-postais. Ela até mesmo apresenta a foto da família na capa do livro, e diz o endereço deles. Ou seja, entrega de bandeja, para quem quiser saber, quem são as pessoas relatadas. Um absurdo.
Como alguém tem a coragem de fazer isso com outra pessoa, ainda mais se tratando de uma sociedade com costumes tão rígidos quanto um sociedade muçulmana?
O Livreiro escreveu um livro resposta. Um livro simples, mas interessante, contandosua versão da história. Um livro que, segundo ele, desmente muito do que a norueguesa disse, e adiciona detalhes importantíssimos à sua vida cotidiana que, se forem verdade, desmontam totalmente a narrativa da jornalista.
Não gostei muito de nenhum dos três livros. O primeiro, que virou filme, é bem ruinzinho, feito pra americano ler. O segundo parece ser um bom material jornalístico, um pouco floreado, que perde toda credibilidade quando lido o terceiro, que no mínimo suscita dúvidas com relação ao primeiro.
Mas o melhor de tudo mesmo é conhecer um pouco desta realidade tão distante, por mais estranho que sejam os caminhos. Conhecer a cultura afegã, um pouco do país, sua história, seus costumes.
Para completar, li também Persépolis, um livro/HQ autobiográfico sobre parte da vida de uma jovem iraniana durante a guerra Irã-Iraque. Outro livro que expõe as pessoas, principalmente amigos e familiares da jovem, mas que é muito bom, e que também nos faz aprender muito sobre o Irã e sobre o modo talibã de ser.
No carnaval, li "Caçadores de Pipas". Hoje, terminei de ler "O livreiro de Cabul" e li tammbém "Eu sou o livreiro de Cabul".
Todos misturam ficção com realidade e tratam do Afeganistão nesse processo URSS X Talibãs X EUA no país. O primeiro se diz 100% ficção, mas reproduz no comportamento das personagens o modo de viver afegão. O segundo se diz reportagem realidade, e foi escrito por uma norueguesa que viveu com uma família afegã durante aproximadamente 5 meses e, tendo acesso ao mundo masculino e ao mundo feminino de lá, relatou acontecimentos intermediasdos (obviamente) por sua visão de mundo e seu eurocentrismo. E o último é a resposta ao segundo, escrito pelo personagem central do livro, o chefe da família afegã que recebeu a norueguesa.
Antes de julgar qualquer coisa, gostaria de dizer que os três demonstram que o Afeganistão passou por um processo muito duro e destrutivo nos últimos anos, e migrou de um país razoável/rico para um espólio de guerra totalmente destruído. Em todos, se fala do modo como as coisas eram antigamente, pouco antes das mudanças radicias, durantes as três mudanças radicais e agora.
O Afeganistão é um país de maioria muçulmana que segue os ditames desta religião. Estes ditames variam um pouco de país para país. Por exemplo, o modo como a burca deve ser utilizada. Na década de 60 e um pouco da década de 80, boa parte dos países mulçumanos era partidário do que chamarei de "islamismo ocidentalizado". Ia chamar de Islamismo esclarecido, por seu mais liberal em alguns aspectos, mas percebi que seria liberal nos meus conceitos, e assim eu estaria sendo totalmente ema-céntrico.
Este "Islamismo ocidentalizado" era um islamismo menos atento às leis e costumes originais do Islã. As mulheres não precisariam usar a bruca, poderiam andar nas ruas sozinhas, trabalhar, ter contatos com homens que não fossem de sua família. As bebidas eram permitidas, bem com música, cigarro, fotografias, liberdade de culto e, de alguma forma, liberdade sexual.
Depois deste período, houve diversos problemas na área. No caso do Afeganistão, houve a invasão da Rússia. Seguida pela tomada do país pelo Talibã.
Durante o tempo de controle do Talibã, as tradições voltaram (ou pelo menos foi esta a itnenção) ao que eram na época do profeta Maomé (ou seja, a de 1300 anos atrás). Bebidas estavam proibidas. As pessoas eram obrigadas a rezar 5 vezes por dia. Existia uma Ministério do Vício para controlar o modo de agir dos cidadãos. Os homem deveriam ter barba de comprimento de um punho. As mulheres deveriam cobrir todos os fios do corpo e não permitir que fosse possível se imaginar seus corpos usando roupas apertadas. Não deveriam falar, olhar, serem vistas e andar com homens que não fossem da sua família.
Então veio o 11 de setembro, tiraram o Talibã do poder (não vou discutir aqui se a forma como isso foi feito é correta ou não), e os costumes tendem a voltar ao Islamismo ocidentalizado. Mas isso é apenas o páno de fundo sobre o que eu qeuro realmente tratar.
A norueguesa, jornalista, estaav em Cabul (capital do Afeganistão) quando o Talibã foi expulso, e quis acompanhar de perto este processo de mudança política no local. Tendo conhecido a família do chamado Livreiro, viveu com eles, conversando com as mulheres, colhendo a opinião dos homens. Seu livro conta, minunciosamente, detalhes da vida desta família. Verdadeiros ou falsos, estes detalhes, se lidos por qualquer pessoa que tenha contato com esta família, seria motivo de desgraça.
Ela conta detalhes dos pensamentos e sonhos de cada um dos membros da família. Como todo mundo, estes membros por vezes têm desejos que são considerados errados, por falta de uma palavra melhor, no status quo afegão. As pessoas são expostas, sem seu consentimento, de forma violenta e degradante. Independentemente da veracidade das palavras da norueguesa, o acesso a estes escritos, por parte de um vizinho, por exemplo, desonraria toda a família. No Afeganistão, só as mulheres sabem o que as mulheres pensam. A elas, é reservado o quadro de obediência ao marido, irmão mais velho, chefe da casa ou "instituição" semelhante. É proibido, por exemplo, a uma mulher solteira, que receba cartas de amor de um jovem, principalmente se este não for de sua família. Só o fato de ela receber estas cartas já é em si um crime grave na sociedade comum afegã.
Isso é uma das passagens do livro. Uma das filhas do Livreiro, segundo a norueguesa, recebe cartas de amor de um jovem amigo de um de seus irmãos. Segundo a autora, um dos filhos do livreiro tenta conseguir sexo pago, outro crime. Uma família vizinha, de acordo com os relatos da jornalista, teria matado uma jovem (da própria família) por ter desonrado os seus iguais. E assim sucessivamente.
Como se já não bastassem os comentários relativos à interpretação da jornalistas sobre vários fatos relatados (interpretações estas que podem muito bem ser falsas) e o modo típico europeu de desconsiderar qulaquer cultura que não siga os padrões a qual está acostumado, ela abre a intimidade de uma família para o mundo, e pior, permite, via comentários diversos, que qualquer um que tenah freqüentado Cabul algumas vezes saiba de quem ela está falando, por mais que a norueguesa se utilize de subterfúcios, como renomear as pessoas.
Ora, Cabul é uma cidade quase destruída e muito pobre. O protagonista é um homem rico (para os padrões do país), dono de três livrarias, uma em um hotel famoso da cidade, vendedor de exclusivos cartões-postais. Ela até mesmo apresenta a foto da família na capa do livro, e diz o endereço deles. Ou seja, entrega de bandeja, para quem quiser saber, quem são as pessoas relatadas. Um absurdo.
Como alguém tem a coragem de fazer isso com outra pessoa, ainda mais se tratando de uma sociedade com costumes tão rígidos quanto um sociedade muçulmana?
O Livreiro escreveu um livro resposta. Um livro simples, mas interessante, contandosua versão da história. Um livro que, segundo ele, desmente muito do que a norueguesa disse, e adiciona detalhes importantíssimos à sua vida cotidiana que, se forem verdade, desmontam totalmente a narrativa da jornalista.
Não gostei muito de nenhum dos três livros. O primeiro, que virou filme, é bem ruinzinho, feito pra americano ler. O segundo parece ser um bom material jornalístico, um pouco floreado, que perde toda credibilidade quando lido o terceiro, que no mínimo suscita dúvidas com relação ao primeiro.
Mas o melhor de tudo mesmo é conhecer um pouco desta realidade tão distante, por mais estranho que sejam os caminhos. Conhecer a cultura afegã, um pouco do país, sua história, seus costumes.
Para completar, li também Persépolis, um livro/HQ autobiográfico sobre parte da vida de uma jovem iraniana durante a guerra Irã-Iraque. Outro livro que expõe as pessoas, principalmente amigos e familiares da jovem, mas que é muito bom, e que também nos faz aprender muito sobre o Irã e sobre o modo talibã de ser.
quarta-feira, fevereiro 13, 2008
Novas regras para celular
As novas regras para celular se encontram disponíveis aqui.
Mas portabilidade númerica que e bom, só a partir de Agosto, com prazo até Março de 2009...
As novas regras para celular se encontram disponíveis aqui.
Mas portabilidade númerica que e bom, só a partir de Agosto, com prazo até Março de 2009...
Cientistas argentinos identificam proteína que forma lembranças permanentes
da Efe, em Buenos Aires
Uma equipe de pesquisadores argentinos identificou uma proteína capaz de transformar uma lembrança passageira em algo de caráter permanente. Um dos integrantes do grupo é Iván Izquierdo, pesquisador do Centro de Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Segundo os cientistas --todos, exceto Izquierdo, da Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires--, a administração dessa proteína seria a peça-chave para promover a permanência e o armazenamento de longo prazo da memória.
No ano passado, a equipe havia descoberto que uma lembrança só permanece na memória se o cérebro sintetizar poucas horas depois do ocorrido uma proteína que interveio em sua formação, a BDNF (sigla em inglês).
"Nessa experiência, se a síntese de BDNF ocorresse, as lembranças duravam 12 dias; mas se esse processo fosse bloqueado, só duravam dois. Outra pergunta apareceu durante os trabalhos: é possível transformar uma lembrança passageira em algo permanente?", questionou um dos pesquisadores, Pedro Beckinschtein, em reportagem publicada pelo jornal "La Nación".
Choques
Para provar sua hipótese, a equipe testou em roedores os efeitos de duas experiências. "Em ambas, os animais desciam de uma plataforma e encontravam com uma grelha que dava um choque elétrico, mas a descarga era mais suave em uma do que na outra", descreveu Beckinschtein.
O especialista acrescentou que, enquanto um grupo formava memórias que duravam 12 dias, o que recebia o choque mais suave só conseguia ter lembranças por dois. Então, os animais do segundo grupo recebiam injeções de BDNF no hipocampo durante a fase de 'estabilização diferida' da lembrança.
"Quando o tempo que os animais demoravam para descer da plataforma foi medido e a análise estatística foi feita, o efeito ficou claro: no grupo que deveria ter formado uma memória passageira, uma lembrança permanente foi criada após a injeção de BDNF", explicou o cientista.
Para outro dos pesquisadores, Jorge Medina, a descoberta abre perspectivas inesperadas e foi importante por "demonstrar que, a princípio, seria possível modificar a duração das lembranças".
"Por exemplo, se houver o bloqueio do sistema que gera a permanência da lembrança quando uma pessoa sofre algo traumático, seria possível fazer com que essa memória durasse pouco. Ou seja, se a síntese de BDNF for manipulada naturalmente ou com medicamentos, há a possibilidade de controlar a duração de uma memória", afirmou.
O cientista contou que, após os experimentos com animais, o objetivo dos pesquisadores "é provar que este período de 'estabilização diferida' (doze horas após a formação da lembrança) também atua nos seres humanos".
da Efe, em Buenos Aires
Uma equipe de pesquisadores argentinos identificou uma proteína capaz de transformar uma lembrança passageira em algo de caráter permanente. Um dos integrantes do grupo é Iván Izquierdo, pesquisador do Centro de Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Segundo os cientistas --todos, exceto Izquierdo, da Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires--, a administração dessa proteína seria a peça-chave para promover a permanência e o armazenamento de longo prazo da memória.
No ano passado, a equipe havia descoberto que uma lembrança só permanece na memória se o cérebro sintetizar poucas horas depois do ocorrido uma proteína que interveio em sua formação, a BDNF (sigla em inglês).
"Nessa experiência, se a síntese de BDNF ocorresse, as lembranças duravam 12 dias; mas se esse processo fosse bloqueado, só duravam dois. Outra pergunta apareceu durante os trabalhos: é possível transformar uma lembrança passageira em algo permanente?", questionou um dos pesquisadores, Pedro Beckinschtein, em reportagem publicada pelo jornal "La Nación".
Choques
Para provar sua hipótese, a equipe testou em roedores os efeitos de duas experiências. "Em ambas, os animais desciam de uma plataforma e encontravam com uma grelha que dava um choque elétrico, mas a descarga era mais suave em uma do que na outra", descreveu Beckinschtein.
O especialista acrescentou que, enquanto um grupo formava memórias que duravam 12 dias, o que recebia o choque mais suave só conseguia ter lembranças por dois. Então, os animais do segundo grupo recebiam injeções de BDNF no hipocampo durante a fase de 'estabilização diferida' da lembrança.
"Quando o tempo que os animais demoravam para descer da plataforma foi medido e a análise estatística foi feita, o efeito ficou claro: no grupo que deveria ter formado uma memória passageira, uma lembrança permanente foi criada após a injeção de BDNF", explicou o cientista.
Para outro dos pesquisadores, Jorge Medina, a descoberta abre perspectivas inesperadas e foi importante por "demonstrar que, a princípio, seria possível modificar a duração das lembranças".
"Por exemplo, se houver o bloqueio do sistema que gera a permanência da lembrança quando uma pessoa sofre algo traumático, seria possível fazer com que essa memória durasse pouco. Ou seja, se a síntese de BDNF for manipulada naturalmente ou com medicamentos, há a possibilidade de controlar a duração de uma memória", afirmou.
O cientista contou que, após os experimentos com animais, o objetivo dos pesquisadores "é provar que este período de 'estabilização diferida' (doze horas após a formação da lembrança) também atua nos seres humanos".
Sexercite-se!
Contra infarto, Inglaterra incentiva sexo
CLÁUDIA COLLUCCI, da Folha de S.Paulo
O serviço de saúde inglês (NHS), uma espécie de SUS britânico, tem feito uma recomendação pouco ortodoxa como forma de prevenir doenças cardiovasculares: a prática de exercícios sexuais.
Em seu site oficial, o órgão diz que "sexercise" (exercício sexual) pode diminuir os riscos de ataques cardíacos e ajudar as pessoas a viver mais. "As endorfinas liberadas durante o orgasmo estimulam as células do sistema auto-imune."
Segundo o NHS, durante a relação sexual são usados todos os grupos musculares, o que faz com que "o coração e os pulmões trabalhem duro e haja uma queima de cerca de 300 calorias por hora".
O serviço afirma ainda que a produção extra dos hormônios estrógeno e progesterona, envolvida na relação sexual, ajuda a manter os ossos e os músculos sadios e previne rugas.
O NHS também dá dicas de como otimizar a vida sexual. Sobre orgasmo, aconselha: "Passe algum tempo consigo mesmo para aprender o que o excita". Também ensina exercícios para os músculos da pélvis. "Pare e reinicie seu fluxo de urina quando for ao banheiro. Depois disso, é possível se exercitar em qualquer lugar, a qualquer momento, em seqüências de dez a 20 contrações."
Sobre masturbação, o serviço diz que a prática é útil para explorar o próprio corpo. "Para homens, ajuda a conter a ejaculação, para que não ocorra cedo demais; para mulheres, facilita a chegada ao orgasmo."
Para a psiquiatra Carmita Abdo, professora da Faculdade de Medicina da USP, a iniciativa tem "tudo a ver" com a prevenção de doenças cardiovasculares. "É um bom exercício, libera endorfina. Tem muita gente que detesta exercício em academia porque se sente excluído, um robô. O sexo é um tipo de exercício que inclui, que envolve afeto, carinho. Um é o personal trainer do outro", afirma a médica.
Para ela, sexo problemático pode estar associado a doenças cardíacas. "O coração é feito do mesmo tecido interno [endotélio] que reveste os órgãos sexuais. No homem, a disfunção erétil pode, muitas vezes, sinalizar uma doença cardíaca."
O cardiologista Otávio Rizzi Coelho, da Unicamp (Universidade de Campinas), afirma que existe um mito entre as pessoas que sofreram infartos ou outras doenças cardíacas de que o sexo seria contra-indicado. "Não faz mal. A quantidade de energia despendida não é muito grande. Pode, sim, ter uma vida sexual sem riscos adicionais."
Para ele, as orientações do serviço inglês são fundamentais para cardiopatas e para quem quer prevenir eventos cardiovasculares.
Contra infarto, Inglaterra incentiva sexo
CLÁUDIA COLLUCCI, da Folha de S.Paulo
O serviço de saúde inglês (NHS), uma espécie de SUS britânico, tem feito uma recomendação pouco ortodoxa como forma de prevenir doenças cardiovasculares: a prática de exercícios sexuais.
Em seu site oficial, o órgão diz que "sexercise" (exercício sexual) pode diminuir os riscos de ataques cardíacos e ajudar as pessoas a viver mais. "As endorfinas liberadas durante o orgasmo estimulam as células do sistema auto-imune."
Segundo o NHS, durante a relação sexual são usados todos os grupos musculares, o que faz com que "o coração e os pulmões trabalhem duro e haja uma queima de cerca de 300 calorias por hora".
O serviço afirma ainda que a produção extra dos hormônios estrógeno e progesterona, envolvida na relação sexual, ajuda a manter os ossos e os músculos sadios e previne rugas.
O NHS também dá dicas de como otimizar a vida sexual. Sobre orgasmo, aconselha: "Passe algum tempo consigo mesmo para aprender o que o excita". Também ensina exercícios para os músculos da pélvis. "Pare e reinicie seu fluxo de urina quando for ao banheiro. Depois disso, é possível se exercitar em qualquer lugar, a qualquer momento, em seqüências de dez a 20 contrações."
Sobre masturbação, o serviço diz que a prática é útil para explorar o próprio corpo. "Para homens, ajuda a conter a ejaculação, para que não ocorra cedo demais; para mulheres, facilita a chegada ao orgasmo."
Para a psiquiatra Carmita Abdo, professora da Faculdade de Medicina da USP, a iniciativa tem "tudo a ver" com a prevenção de doenças cardiovasculares. "É um bom exercício, libera endorfina. Tem muita gente que detesta exercício em academia porque se sente excluído, um robô. O sexo é um tipo de exercício que inclui, que envolve afeto, carinho. Um é o personal trainer do outro", afirma a médica.
Para ela, sexo problemático pode estar associado a doenças cardíacas. "O coração é feito do mesmo tecido interno [endotélio] que reveste os órgãos sexuais. No homem, a disfunção erétil pode, muitas vezes, sinalizar uma doença cardíaca."
O cardiologista Otávio Rizzi Coelho, da Unicamp (Universidade de Campinas), afirma que existe um mito entre as pessoas que sofreram infartos ou outras doenças cardíacas de que o sexo seria contra-indicado. "Não faz mal. A quantidade de energia despendida não é muito grande. Pode, sim, ter uma vida sexual sem riscos adicionais."
Para ele, as orientações do serviço inglês são fundamentais para cardiopatas e para quem quer prevenir eventos cardiovasculares.
terça-feira, fevereiro 12, 2008
Água e sabão são a melhor opção para cuidar de ferimentos leves
Recentemente machuquei a canela direita. Nada muito profundo, só uma série de cortes, ocorridos na contusão da supra-citada parte do corpo que separa o joelho do pé com uma deliciosamente metálica corrente de estacionamento.
foram 4 cortes/machucados longos, porém não muito profundos.
Lavei com sabão e água corrente, mas todos, todos mesmo, do mundo inteiro, ficaram insistindo para que eu passasse merthiolate, água oxigenada, dentre outros, e tomasse antitetânica, inclusive.
Em homenagem a isso, coloco abaixo uma reportagem da folha sobre a NÃO necessidade de merthiolate e água oxigenada, e aqui disponibilizo o link para tétano na wikipedia, explicando que esta doença não está ligada a metais, e é mais fácil adquir´r-la em estrume de vaca. Coisa que qualquer estudante de medicina sabe.
Segue a reportagem da Folha.
Anti-sépticos, água oxigenada, esparadrapos, curativos de materiais e tamanhos diversos. Apesar de toda a parafernália disponível para aplicar em casa nos pequenos ferimentos, a principal recomendação dos especialistas é simples e acaba esquecida por muita gente: lavar o local com muita água e sabão, ou então com soro fisiológico. A medida é fundamental para retirar possíveis resíduos que podem ter ficado na região e para diminuir a chance de infecção.
"As pessoas usam mais antisépticos do que deveriam. A maioria das escoriações não precisa nem de curativo. A medida principal é lavar com água e sabão, e não só no primeiro dia", afirma a pediatra Renata Waksman, autora do livro "Crianças e Adolescentes Seguros" (Publifolha).
Segundo a médica, os antisépticos, como o clássico Merthiolate, que mantém campanha publicitária no rádio, ajudam a deixar a região um pouco mais seca, mas têm efeito leve e devem ser aplicados apenas com orientação médica, já que podem causar reações alérgicas. "Não é porque esses produtos não têm mais mercúrio em sua composição [o componente foi retirado da fórmula em 2001 por ordem da Anvisa] que não podem dar um quadro alérgico. São substâncias concentradas, podem sensibilizar a pele", alerta a pediatra.
Alexandre Pieri, coordenador do pronto-atendimento do hospital Albert Einstein, em São Paulo, também aponta como um erro comum o uso prioritário desse tipo de produto. "Podem dar uma reação local e, dependendo de como são guardados, podem ser foco de contaminação. O correto é colocar o ferimento debaixo da torneira e deixar escorrer água, passando sabão neutro."
O uso de produtos como água oxigenada e iodo também não é recomendado. "Eles são utilizados só quando já há uma infecção, o que pode ocorrer com o passar do tempo, formando aquela crosta amarelada ou esverdeada. Mas, inicialmente, não se usa", afirma o clínico-geral e pneumologista André Luís Diarcádia, médico do Hospital das Clínicas da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
Sem curativos
Outra dica que nem sempre é considerada é manter o ferimento descoberto "evitar tampá-lo com esparadrapos e curativos, a não ser que ele esteja sujeito a atrito" quando está na dobra do cotovelo ou na planta do pé, por exemplo. "O curativo torna o local úmido e facilita a proliferação de microorganismos", diz Pieri. Quando exposto, o machucado se mantém seco e cicatriza mais rapidamente.
Outra vantagem de deixar o ferimento descoberto é poder observar seu aspecto. Assim, se houver sinais de inflamação ou infecção, é possível ir prontamente ao médico.
Este, aliás, deve ser procurado sempre que o ferimento for muito grande ou profundo ou quando houver muito sangramento. Se o sangramento for leve, a dica é comprimir o local com um pano limpo até parar. Se não estancar após 15 minutos, também se deve buscar ajuda especializada.
E, com o passar dos dias, nada de cair na tentação de arrancar a casquinha que se forma no local, que faz parte do mecanismo de cicatrização. "Ela cai sozinha. Tem que evitar coçar, manter as unhas curtas e a mão limpa. Quando a pele estiver pronta, a casquinha cairá espontaneamente", diz Waksman.
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Recentemente machuquei a canela direita. Nada muito profundo, só uma série de cortes, ocorridos na contusão da supra-citada parte do corpo que separa o joelho do pé com uma deliciosamente metálica corrente de estacionamento.
foram 4 cortes/machucados longos, porém não muito profundos.
Lavei com sabão e água corrente, mas todos, todos mesmo, do mundo inteiro, ficaram insistindo para que eu passasse merthiolate, água oxigenada, dentre outros, e tomasse antitetânica, inclusive.
Em homenagem a isso, coloco abaixo uma reportagem da folha sobre a NÃO necessidade de merthiolate e água oxigenada, e aqui disponibilizo o link para tétano na wikipedia, explicando que esta doença não está ligada a metais, e é mais fácil adquir´r-la em estrume de vaca. Coisa que qualquer estudante de medicina sabe.
Segue a reportagem da Folha.
Anti-sépticos, água oxigenada, esparadrapos, curativos de materiais e tamanhos diversos. Apesar de toda a parafernália disponível para aplicar em casa nos pequenos ferimentos, a principal recomendação dos especialistas é simples e acaba esquecida por muita gente: lavar o local com muita água e sabão, ou então com soro fisiológico. A medida é fundamental para retirar possíveis resíduos que podem ter ficado na região e para diminuir a chance de infecção.
"As pessoas usam mais antisépticos do que deveriam. A maioria das escoriações não precisa nem de curativo. A medida principal é lavar com água e sabão, e não só no primeiro dia", afirma a pediatra Renata Waksman, autora do livro "Crianças e Adolescentes Seguros" (Publifolha).
Segundo a médica, os antisépticos, como o clássico Merthiolate, que mantém campanha publicitária no rádio, ajudam a deixar a região um pouco mais seca, mas têm efeito leve e devem ser aplicados apenas com orientação médica, já que podem causar reações alérgicas. "Não é porque esses produtos não têm mais mercúrio em sua composição [o componente foi retirado da fórmula em 2001 por ordem da Anvisa] que não podem dar um quadro alérgico. São substâncias concentradas, podem sensibilizar a pele", alerta a pediatra.
Alexandre Pieri, coordenador do pronto-atendimento do hospital Albert Einstein, em São Paulo, também aponta como um erro comum o uso prioritário desse tipo de produto. "Podem dar uma reação local e, dependendo de como são guardados, podem ser foco de contaminação. O correto é colocar o ferimento debaixo da torneira e deixar escorrer água, passando sabão neutro."
O uso de produtos como água oxigenada e iodo também não é recomendado. "Eles são utilizados só quando já há uma infecção, o que pode ocorrer com o passar do tempo, formando aquela crosta amarelada ou esverdeada. Mas, inicialmente, não se usa", afirma o clínico-geral e pneumologista André Luís Diarcádia, médico do Hospital das Clínicas da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
Sem curativos
Outra dica que nem sempre é considerada é manter o ferimento descoberto "evitar tampá-lo com esparadrapos e curativos, a não ser que ele esteja sujeito a atrito" quando está na dobra do cotovelo ou na planta do pé, por exemplo. "O curativo torna o local úmido e facilita a proliferação de microorganismos", diz Pieri. Quando exposto, o machucado se mantém seco e cicatriza mais rapidamente.
Outra vantagem de deixar o ferimento descoberto é poder observar seu aspecto. Assim, se houver sinais de inflamação ou infecção, é possível ir prontamente ao médico.
Este, aliás, deve ser procurado sempre que o ferimento for muito grande ou profundo ou quando houver muito sangramento. Se o sangramento for leve, a dica é comprimir o local com um pano limpo até parar. Se não estancar após 15 minutos, também se deve buscar ajuda especializada.
E, com o passar dos dias, nada de cair na tentação de arrancar a casquinha que se forma no local, que faz parte do mecanismo de cicatrização. "Ela cai sozinha. Tem que evitar coçar, manter as unhas curtas e a mão limpa. Quando a pele estiver pronta, a casquinha cairá espontaneamente", diz Waksman.
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segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Adoçante pode engordar mais que açúcar, diz estudo
(viu, eu avisei)
da BBC Brasil
Um estudo realizado em ratos nos Estados Unidos sugere que a ingestão de sacarina --tipo de adoçante usado principalmente em refrigerantes dietéticos-- pode provocar aumento de peso maior que a ingestão de açúcar.
Segundo os pesquisadores da Universidade de Purdue, em Indiana, o sabor doce causado pelo consumo de sacarina estimula o sistema digestivo a se preparar para a ingestão de uma grande quantidade de calorias.
Se essas calorias não são ingeridas, eles afirmaram, o organismo fica desregulado e, como resultado, pede mais comida ou queima menos calorias, o que provocaria o aumento de peso.
O estudo, publicado na edição desta semana da revista científica "Behavioral Neuroscience", gerou reações da indústria alimentícia, para quem a pesquisa "simplifica" as causas da obesidade.
Calorias
Para realizar o estudo, os cientistas acompanharam a alimentação de 17 ratos. Nove receberam iogurte adoçado com sacarina e oito com açúcar. Depois do iogurte, os animais receberam a dieta normal.
Após cinco semanas, os ratos que consumiram a sacarina ganharam 88 gramas, enquanto os que ingeriram glicose tiveram um aumento de peso de 72 gramas --uma diferença de mais de 20%.
Os ratos que tomaram o iogurte com a sacarina consumiram mais calorias e tiveram aumento de 5% na taxa de gordura do corpo, de acordo com o estudo.
"Os resultados claramente indicam que consumir alimentos adoçados com sacarina pode levar a um aumento de peso e da taxa de gordura maior do que o consumo de açúcares calóricos", diz o estudo.
Segundo Susan Swithers, uma das autoras da pesquisa, as experiências em laboratório indicam ainda que outros adoçantes artificiais, como o aspartame e o acessulfame-K, que oferecem o gosto doce, podem ter o mesmo efeito da sacarina.
Críticas
O estudo gerou reações da indústria alimentícia. Em uma entrevista publicada na edição desta segunda-feira (11) do jornal americano "Los Angeles Times", Beth Hubrich, uma das representantes dos fabricantes de refrigerantes dietéticos nos EUA, rejeitou os resultados da pesquisa.
Segundo ela, "o estudo simplifica demais as causas da obesidade". Além disso, afirmou, "a descoberta nos animais pode não ser verdadeira quando testada nos humanos".
Um porta-voz da Fundação Britânica de Nutrição afirmou que os resultados são "interessantes", mas não provam que os adoçantes podem ser prejudiciais nas dietas dos humanos.
Para a organização, o tema ainda requer mais pesquisas.
(viu, eu avisei)
da BBC Brasil
Um estudo realizado em ratos nos Estados Unidos sugere que a ingestão de sacarina --tipo de adoçante usado principalmente em refrigerantes dietéticos-- pode provocar aumento de peso maior que a ingestão de açúcar.
Segundo os pesquisadores da Universidade de Purdue, em Indiana, o sabor doce causado pelo consumo de sacarina estimula o sistema digestivo a se preparar para a ingestão de uma grande quantidade de calorias.
Se essas calorias não são ingeridas, eles afirmaram, o organismo fica desregulado e, como resultado, pede mais comida ou queima menos calorias, o que provocaria o aumento de peso.
O estudo, publicado na edição desta semana da revista científica "Behavioral Neuroscience", gerou reações da indústria alimentícia, para quem a pesquisa "simplifica" as causas da obesidade.
Calorias
Para realizar o estudo, os cientistas acompanharam a alimentação de 17 ratos. Nove receberam iogurte adoçado com sacarina e oito com açúcar. Depois do iogurte, os animais receberam a dieta normal.
Após cinco semanas, os ratos que consumiram a sacarina ganharam 88 gramas, enquanto os que ingeriram glicose tiveram um aumento de peso de 72 gramas --uma diferença de mais de 20%.
Os ratos que tomaram o iogurte com a sacarina consumiram mais calorias e tiveram aumento de 5% na taxa de gordura do corpo, de acordo com o estudo.
"Os resultados claramente indicam que consumir alimentos adoçados com sacarina pode levar a um aumento de peso e da taxa de gordura maior do que o consumo de açúcares calóricos", diz o estudo.
Segundo Susan Swithers, uma das autoras da pesquisa, as experiências em laboratório indicam ainda que outros adoçantes artificiais, como o aspartame e o acessulfame-K, que oferecem o gosto doce, podem ter o mesmo efeito da sacarina.
Críticas
O estudo gerou reações da indústria alimentícia. Em uma entrevista publicada na edição desta segunda-feira (11) do jornal americano "Los Angeles Times", Beth Hubrich, uma das representantes dos fabricantes de refrigerantes dietéticos nos EUA, rejeitou os resultados da pesquisa.
Segundo ela, "o estudo simplifica demais as causas da obesidade". Além disso, afirmou, "a descoberta nos animais pode não ser verdadeira quando testada nos humanos".
Um porta-voz da Fundação Britânica de Nutrição afirmou que os resultados são "interessantes", mas não provam que os adoçantes podem ser prejudiciais nas dietas dos humanos.
Para a organização, o tema ainda requer mais pesquisas.
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