Quando pulei o muro
Quando pulei o muro, já sabia: não voltaria.
O faria e iria. Seguiria.
Andaria por metros, quilômetros, dias. Tardaria.
Novas pessoas encontraria. E delas esqueceria.
Novos lugares conheceria. Não ficaria.
Tampouco saudades sentiria.
A solidão me confortaria.
Mais um na multidão seria. Todavia,
de multidões mudaria, noite e dia.
A ninguém amaria; fingiria.
E a dor que talvez sentisse, passaria.
Quando voltei pra casa, sofri pelas pessoas que perdi.
Lembrei de todas.
Da solidão que me perseguia, fugi.
Estou com muitos.
Pelos amores que tive, sofri.
E ainda sofro.
Quando pulei o muro, intuia: nada sabia.
quinta-feira, abril 16, 2009
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2 comentários:
Bonito. Apesar das rimas [insira aqui algum conceito pejorativo das aulas de literatura do terceito ano que já não lembro mais].
Loving.
Thanks, darling.
A culpa é das aulas de português que estou dando...
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