segunda-feira, novembro 26, 2007

Números ordinais

1° - primeiro
2° - segundo
3° - terceiro
4° - quarto
5° - quinto
6° - sexto
7° - sé'tímo
8° - oitavo
9° - nono
10° - décimo
11° - décimo-primeiro
20° - vigésimo
30° - trigésimo
40° - quadrigésimo
50° - qüinquagésimo
60° - sexagésimo
70° - septuagésimo
80° - octogésimo
90° - nonagésimo
100° - centésimo
101° - centésimo primeiro
110° - centésimo décimo
111° - centésimo décimo primeiro
200° - ducentésimo
300° - trecentésimo
400° - quadringentésimo
500° - qüingentésimo
600° - seiscentésimo ou sexcentésimo
700° - septingentésimo
800° - octingentésimo
900° - nongentésimo ou noningentésimo
1000° - milésimo
1001° - milésimo primeiro
1010° - milésimo décimo
1011° - milésimo décimo primeiro
1100° - milésimo centésimo
1101° - milésimo centésimo primeiro
1110° - milésimo centésimo décimo
1111° - milésimo centésimo décimo primeiro

a partir de 2000°, lê-se o milésimo ou como cardinal ou como ordinal, ou seja, ou dois milésimo ou segundo milésimo.

14596° - quatorze milésimo qüingentésimo nonagésimo sexto ou décimo quarto milésimo qüingentésimo nonagésimo sexto.

Se divirtam!

quarta-feira, novembro 14, 2007

Um quase epitáfio

Voltar a ler. deixar de ler coisas obrigatoriamente para escolher o que você quiser. Já ouço há muito o ditado "se não tem tempo pra ler, deixe a grama crescer", mas não é esse o problema, tempo eu tenho, não tenho é escolha. Continuo com uma carga razoável de leitura, mas não do que eu gostaria, e isso tem influenciado diretamente minha capacidade criativa, minha escrita, até mesmo meu ânimo de ver o mundo.

Ler sempre me é perigoso. Quando eu leio, fico mais lonje do chão, olho as coisas formais (trabalho, faculdade) como meros acontecimentos passageiros. Sonho, me emociono, reflito, e o mundo real fica distante, incômodo quase, um lugar que não permite outras opções, duro, frio e seco.

Faça isso, já entregou aquilo, pague essa conta, o cheque entrou na data errada, está no limite de faltas, vai ter de ficar até mais tarde, desça pra comprar pão, o computador queimou, chegou atrasado, me ajude aqui, preste atenção, me ouça, nada disso faz sentido se comparado a um bom livro.

Que tipo de mundo é esse? Eu que não boto um filho nele. Não, não gosto de estar aqui, obrigado por perguntar. É tão claro como tudo poderia ser diferente. Mas afinal, quando uma colega de sala te diz que não abriria mão do computador dela para que o nível de pobreza mundial diminuísse, afinal de contas, é bom que existam pobres e ricos, eu me pergunto pra que tanto esforço.

O mundo, como é, é um lixo e nada vai mudar isso. Já foi, papá. Dê adeus e bata palmas. Aliás, dê a Deus mesmo, porque ele coloca vaselina.

E às vezes eu fico, exatamente por causa disso, com raiva. Com raiva dos livros e dos filmes que nos fazem sair do mundo real, nos dão medo, esperança, alegria, mas depois nos trazem de volta. MALDITOS! VÃO EMBORA!

E lá vou eu, com uma câmera na mão e mil idéias na cabeça, e todas idiotas, bobas, supérfluas, por que falam das coisas que realmente importam e merecem atenção. Mas estão todos ocupados demais vivendo pra poderem entender, sequer notar que aquilo está ali e qeur dizer muito mais do que "alguém sentado olhando o mar" ou "que legal essa idéia", ou "tocante". Viver não é tão difícil, se viver é isso que dizem por aí. Difícil é perder a inocência mas ter consciência da sua pre-existência. Vamos esquecer tudo! Vamos esquecer que pretó é ladrão, que o cateto é primo irmão da hipotenusa, que metais não são gases na CNTP, que Hitler matou os judeus, que Zumbi fugiu para os Palmares, que a barata é imune à radiação, que existe uma força que é positiva e outra negativa e outra ainda que é forte e outra ainda que é fraca, e tantas outra. Vamos apenas brincar no parque, brincar de gangorra, de preferência, que não podemos brincar sozinhos. Vamos jogar basquete, tênis, futebol, vamos rir de nós mesmos, sentados na lama, comendo pão seco com café preto, e vamos achar isso bom, porque isso é o que realmente importa. Vamos esquecer os egos, superégos, metaégos, Ids, Its, Ets, etcs e afins, vamos esquecer dos fins, vamos nos preocupar com os meios, com os entreatos, com os silêncios, com as coisas que são o que parecem, com o parecer das coisas, vamos para o sol de manhã e para a sombra de tarde, vamos tomar picolé e comer bolacha água-e-sal. Vamos pular cada vez mais alto, e mais alto, até pegar uma nuvem de algodão doce. Uma pra mim também, outro vai gritar, e rindo, você vai passar para ele, as mãos meladas de açúcar semiderretido, de diversas cores, porque numa nuvem não há só branco e cinza, e vamos rolar na grama, e nos coçarmos, e comer goiaba do pé do vizinho, enquanto ele come do nosso, e contar até dez, cem, mil, infinito, e de novo, igual a Chuck Norris, e pular corda, e andar descalço, e dizer bem alto EU NÃO SEI A RESPOSTA DISSO e ninguém se importar, porque aquilo na verdade não faz a menor diferença.

Se não tem tempo pra ler, deixe de viver.

Aqui jaz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino.

Uma lágrima, enfim.
Como eu queria

Como eu queria acreditar nessas coisas.

Como eu queria acreditar que há seres de outros planetas rondando o nosso mundo, fazendo contato, em diversos níveis, em diversas formas.

Como eu queria que existisse magia, que as pessoas pudessem voar ou se teleportar, ou advinhar o peso de qualquer coisa, ou até mesmo produzir um olhar congelante que criasse sorvete de flocos.

Como eu queria acreditar que há fadas, duendes, e toda uma gama de seres diferentes, mágicos, escondidos de nós, lutando para que nós voltemos a ser o que éramos, ou não, lutando para que os esqueçamos e os deixemos em paz.

Como eu queria acreditar que há uma ilha rodeada de névoa que tem não uma, mas 3 ou mais realidades coexistindo em níveis diferentes, que podem ser alcançadas da maneira e tempo correto, cada uma com seus próprios moradores, tempo, ritos.

Como eu queria acreditar que um só homem pode interferir no destino de todo um mundo, ver o futuro, criar um reino e deixar os homens o destruírem, casar comu ma maga, ser humano e não ser, poder mais que todos e ainda assim jurar lealdade ao homem de espada.

Como eu queria acreditar no poder do sangue, nos mistérios da noite, nas criaturas que se arrastam atrás de alimento e causam terror com sua mera presença, na fascinação dos nosso olhos por elas, e nos símbolos que elas representam.

Como eu queria acreditar num ser que não é só um, que nos dá a benção e o perdão, o peixe e o pão, o amor e a compaixão, sejas quem tu fores, e por sua própria mão, sofre por nós para ajudar-nos.

Como eu queria acreditar nas duas árvores, que ainda estão lá, esperando, guardadas por uma gárgula dourada que dá à luz sozinha, depois de mil anos e morre, deixando que seu descendente cumpra a mesma sina.

Como eu gostaria de acreditar que as palavras têm poder, e que há símbolos arcanos que se concatenam e modificam o mundo, e que coisas ditas com vontade podem acontecer, e que desejos se realizam.

Como eu gostaria de acreditar em cidades de vidros, tapetes voadores, djins, lâmpadas, pedras poderosas, na Verdadeira Matemática, na Música das Esferas, nos quatro (ou cinco) elementos, que a tartaruga é mais rápida que Aquiles, que as Musas passeiam entre nós, que os sátiros ainda correm atrás das ninfas em seu jogo de sedução, e que somos odiados, temiados e amados pelos seres superiores.

E em heróis, setas envenenadas, velos de ouro, deuses católicos, nórdicos, gregos, celtas, neo-contemporâneos, 12 trabalhos, Ilíadas e Odisséias, Epoéias e Torres, Colossus e Ciclopes, em nobres Titãs, em adamantium e vibratium, kryptonita, em OA e Nova Gênese, em Lanternas recarregáveis, em raios e trovões, em asas e guelras, em cidades submarinas, em mundos paralelos, em mentes brilhantes, em grandes conspirações, em perigos inimagináveis, em monstros abissais, em Poe e em Lovecraft, em superciência, em armaduras voadoras, em aço orgânico, em raios e visões, em heroísmo e vilania, em cavalheiros e rufiões.

Mas eu não acredito.
E além disso

Enquanto eu pensava no post abaixo, não sei porque, via a mim mesmo andando na neve. Uma neve que cobria tudo, uma mistura da neve do Senhor dos Anéis com a da última revista de Watchmen. E eu lá, vestido exatamente como Rorschach. Mas era eu, e eu não estava nem um pouco violento, apenas segurava o casaco e o cachecol, ventava muito, e eu andava na neve, talvez pra fortaleza de Ozymandias, mas não pra combater ninguém, era como se eu estivesse apreciando o frio por alguns instantes para depois voltar para casa, ou ao menos um lugar conhecido, confortável. Mas naquele momento, estava na neve, no vento, no frio, e estava feliz. Feliz embaixo de uma máscar que possui suas próprias feições independente de quem a use. Talvez esta seja a melhor máscara a se usar, já que não conseguimos tirá-las todas, ao menos é uma máscara imparcial, viva, que escolhe ela mesma o que o outro vai ver e presumir, e pior, o usuário não apenas não tem controle sobre ela, como não sabe o que está aparecendo.

Eu odeio frio. Mas aquele frio era muito agradável, eu quase pude sentir meus ossos gelando, os flocos voando, pisando em gelo e neve batidos, nada ao meu redor, só o barulho do vento nas roupas e nos meus ouvidos. Nem o som do pensamento. Aquela branquitude me envolvendo. Eu vou entrando na tempestade de neve, não chega a ser uma tempestade, ams sou envolto pela neve, e não posso mais ser visto.

Claro que Bubasti estava comigo, na neve. Eu não a via, mas ela estava lá, em algum lugar.

Pronto, já fugi de novo.
Voltando a ler o que eu quero

Hoje li "the cat inside", de William Borroughs.

Muito bom, muito interessante. Ele contando experiências de vida, sonhos, dia a dia, tudo relacionado a ele e os gatos que passaram pela vida dele.

Muito bonito, me fez lembrar de todos os gatos que passaram na minha vida. 43, exatamente. Durante os 9 anos de Aldeia jaguaribe, 40 gatos, sendo que 21 concomitantemente.

Depois, mudei pra minha casa na Boca do rio, e tinha uma gata, muito linda. Morreu esturricada no sol.

Aqui há duas fêmeas que vivem no cio. Tenha medo.

Nada contra gatos, tenho muito mais coisas contra cachorros, por exemplo, mas eu sou alérgico a pêlos. E esses bichos sempre estão embaixo dos meus pés.

Mas enfim, o livro realmente é bonito, é bem curto, apenas 80 páginas, vale à pena ler. Quando terminei, meus olhos se encheram de lágrimas. Se fosse há cinco anos atrás, com certeza eu teria chorado. Mas não chorei.

domingo, novembro 04, 2007

Calma

Estou virando noite na DIMAS por causa do Festival. Sexta gravei o meu primeiro clipe. Clipe da Banda de Camilo. acho que as gravações foram muito legais, o clipe deve ficar bom.

Segunda-feira volto a viver (acho), e aí converso com vocês direitinho.