E além disso
Enquanto eu pensava no post abaixo, não sei porque, via a mim mesmo andando na neve. Uma neve que cobria tudo, uma mistura da neve do Senhor dos Anéis com a da última revista de Watchmen. E eu lá, vestido exatamente como Rorschach. Mas era eu, e eu não estava nem um pouco violento, apenas segurava o casaco e o cachecol, ventava muito, e eu andava na neve, talvez pra fortaleza de Ozymandias, mas não pra combater ninguém, era como se eu estivesse apreciando o frio por alguns instantes para depois voltar para casa, ou ao menos um lugar conhecido, confortável. Mas naquele momento, estava na neve, no vento, no frio, e estava feliz. Feliz embaixo de uma máscar que possui suas próprias feições independente de quem a use. Talvez esta seja a melhor máscara a se usar, já que não conseguimos tirá-las todas, ao menos é uma máscara imparcial, viva, que escolhe ela mesma o que o outro vai ver e presumir, e pior, o usuário não apenas não tem controle sobre ela, como não sabe o que está aparecendo.
Eu odeio frio. Mas aquele frio era muito agradável, eu quase pude sentir meus ossos gelando, os flocos voando, pisando em gelo e neve batidos, nada ao meu redor, só o barulho do vento nas roupas e nos meus ouvidos. Nem o som do pensamento. Aquela branquitude me envolvendo. Eu vou entrando na tempestade de neve, não chega a ser uma tempestade, ams sou envolto pela neve, e não posso mais ser visto.
Claro que Bubasti estava comigo, na neve. Eu não a via, mas ela estava lá, em algum lugar.
Pronto, já fugi de novo.
quarta-feira, novembro 14, 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário