sexta-feira, março 07, 2003

Scientific American (Brasil)

Uma pesquisa realizada recentemente no Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte (Cemafe), da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, mostrou que a ginástica passiva não é revolucionária. Mesmo que os cintos eletroestimuladores para este fim promovam, no organismo, alterações bioquímicas semelhantes às causadas por exercícios abdominais.
Para chegar a essa conclusão, foram feitos testes hemodinâmicos, metabólicos e bioquímicos com 20 pessoas, de ambos os sexos, durante dois dias. Enquanto voluntários praticavam abdominais convencionais, médicos verificaram suas amostras de sangue, freqüência cardíaca e pressão arterial. A mesma observação foi feita durante as atividades induzidas.
O estudo comprovou, por exemplo, que 10 a 15 minutos de choques no abdome correspondem a pouco mais de 200 abdominais, e não a 400 ou 600, como mostram alguns fabricantes dos cintos.
Segundo os pesquisadores envolvidos, é praticamente impossível conseguir o efeito “barriga de tanquinho”, como prometido nos anúncios dos estimuladores elétricos. É possível que o usuário deste aparelho consiga apenas algum tônus muscular. Dados do trabalho mostraram, ainda, que o aparelho não aumentou o consumo de oxigênio no organismo, portanto não promoveu gasto calórico - outra promessa anunciada.
Como os valores da pressão arterial e da freqüência cardíaca observados não sofreram alterações com as estimulações elétricas, os riscos cardíacos a adultos saudáveis foram eliminados.

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