terça-feira, dezembro 27, 2005

Antes que eu me esqueça também

FELIZ ANO NOVO!!

Para aqueles em que o ano já mudou:

Feliz passagem do dia 31 de dezembro de 2005 para o dia 1 de fevereiro de 2006!!

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quarta-feira, dezembro 21, 2005

Festival de 5 Minutos

Nas Quartas Baianas (21/dez) serão exibidos os vencedores do Festival 5 Minutos 2005.

Abaixo, a lista dos premiados.

Prêmio Alexandre Robatto: Reversos (Salvador/BA) - Paula Príncipe, Daniel Dourado e Gabriel Teixeira.

Prêmio Carlos Athayde: Seu Agá (Salvador/Ba) - Fabrício Jabar;

Prêmio Geraldo Del Rey: Outras Opções: Aguarde (São Paulo/SP) - Caco Souza

Prêmio Roberto Pires: Deu no Jornal (Rio de Janeiro/RJ) - Yanko Del Pino

Prêmio Vitor Diniz: Folhinha Verde (Salvador/Bahia), Marcio Cavalcanti.

Cada um destes cinco vídeos ganhou um prêmio no valor de R$4.500,00.

Na categoria Melhor Vídeo de Jovem Realizador (jovens de até 23 anos, R$ 2.500,00)

Prêmio Walter da Silveira: A Vingança da Bibliotecária(Brasília/DF) - Santiago Dellape

Menções Honrosas:
- 02.Conjunto Residencial (São Paulo/SP) - de Adams Carvalho e Olívia Brenga
- Retoque Final (Recife/PE) - de Marcelo Pedroso e Marcos Toledo.

Menção Honrosa/Jovem Realizador:
Tem um Dragão no Meu Baú (Rio de Janeiro/RJ) - Rosária Ferreira

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Antes que eu me esqueça....

Feliz Natal!

(ou qualquer coisa do gênero que se aplique à sua religião)

Para os que não tm religião:

Feliz Natal!

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quinta-feira, outubro 27, 2005

terça-feira, outubro 25, 2005

FESTIVAL DE CINEMA PAN AFRICANO ABRE INSCRIÇÕES


O V Festival de Cinema Pan Africano, com o apoio da Secretaria de Reparação Racial da Prefeitura de Salvador, abre inscrições para o prêmio Milton Santos, que esse ano terá como tema o TERRITÓRIO. A premiação seráno valor de R$2.000,00 para o melhor filme, escolhido através de júri popular.

O Festival de Cinema Pan Africano é uma mostra de vídeos e filmes que acontecerá de 16 a 20 de novembro em Salvador, com ações voltadas para o cinema local, assim como para as atividades de formação. A base fundamental é o território.

Entres os objetivos estão a divulgação do cinema da diáspora africana e a viabilização do acesso à linguagem audiovisual para as comunidades residentes na periferia da cidade, formada principalmente por afro-descendentes. A proposta do festival é que o público tenha acesso ao cinema e também a outra imagem, a outra cultura, diferente daquela mostrada pela grande mídia e pelos programas de cultura de massa.

O regulamento completo e a ficha de inscrição estão disponíveis na página do festival na internet: www.panafricano.com.br

O V Festival de Cinema Pan Africano é uma realização do Instituto Panafricano e da Studio Brasil, tem o patrocínio dos Correios e apoio do CEPAIA.

terça-feira, outubro 11, 2005

Para Estudar Ética

Alain Badou - Ética: Um ensaio sobre a consciência do mal
Álvaro L. M. Valls - O que é ética
Aristóteles - Ética a Nicômaco
Albert Camus - O estrangeiro / Calígula / O equívoco / A queda
Cocerus - A vida de Spinoza
Daniel Defoe - Robson Cruzoé
Deus - Bíblia Sagrada (ed. Paulos)
Enrique Dussel - Filosofia da libertação
Epicuro - Carta sobre a felicidade
Gilles Deleuze - Lógica do sentido
Goethe - Fausto
Henrique Lima Vaz - Escritos de Filosofia II: ética e cultura
Hesíodo - Teogonia (a origem dos deuses) / Os trabalhos e os dias
Horácio Gonzales - Camus, a libertinagem do sol
Jacques Maritain - A filosofia moral
Jankélévitch - O paradoxo da moral
Johannes Hessen - Filosofia dos valores
José Américo Motta Pessanha - As delícias do jardim
Kafka (Franz Kafka) - O veredito / Na colônia penal
Kant (Immanuel Kant) - Crítica da razão prática / Fundamentação da metafísica
Kierkegaard - Temor e tremor
Kremer Marietti - A Ética
Lévinas (Emmanuel Lévinas) - Entre nós: ensaio sobre a alteridade / Humanismo do outro homem
Lipovetsky (Gilles Lipovetsky) - O crepúsculo do dever: a ética indolor dos novos tempos democráticos
Lourenço Leite - Do simbólico ao racional
Moeller (Charles Moeller) - O silêncio de deus
Moore (George Edward Moore) - Principia Ethica
Nietzsche (Friederich Nietzsche) - Genealogia da moral / Além do bem e do mal
Pegoraro (Olinto Pegoraro) - Ética é justiça
Platão - A república
Sartre (Jean-Paul Sartre) - Ser e o nada
Spinoza (Baruch de Spinoza) - Ética / Spinoza e as mulheres
Sêneca - Da vida feliz
Simone de Beauvoir - Moral da ambigüidade
Tzvetan Todorov - Em face do extremo
Tolstoi (Leon Tolstoi) - A morte
Tegendhat (Ernest Tugendhat) - Lições sobre ética

segunda-feira, outubro 03, 2005

iPOD ?


Claro que pode!

O segundo filho de Nicolas Cage (sobrinho de Francis Ford Coppola) se chamará:

Kal-el Coppola Cage.

quarta-feira, setembro 28, 2005

So pretty


"Monday´s Child is fair of face
Tuesday Child is full of grace
Wednesday´s Child is full of woe
Thursday´s Child has far to go
Friday´s Child is loving and giving
Saturday´s Child works hard for a living
But the child that is born on the Sabbath day
is fair and wise, good and gay?"

Para os curiosos:

Calendário para quase qualquer ano.
Será isso um Hai Kai?

Star Trek, que beleza!
foi eleito a melhor
ficção científica.
Perguntas pertinentes

- O que é comunicação?

- O que é arte?

- Arte é comunicação?

- Comunicação é arte?

terça-feira, setembro 20, 2005

AHN?

Alguém me explica o que está acontecendo com as eleições na Alemanha? Como assim os dois vão governar?

(postado de um G5)

segunda-feira, setembro 19, 2005

Ei!


Loja de All Star em Curitiba!
Foi pra parada, gay?

Eu fui.

Outro dia aí teve a parada evangélica também. Um monte de gente vestido de "Exército de Cristo".

Viva Salvador.


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segunda-feira, setembro 05, 2005

Folha de São Paulo

O parsec é uma medida de distância usada comumente pelos astrônomos para obrigar os outros a convertê-las para os anos-luz, que são mais populares e intuitivos. Já um ano-luz é a distância percorrida pela luz num ano, aproximadamente 9,5 trilhões de quilômetros.


Fantástico!

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terça-feira, agosto 30, 2005

Novos Links

www . roteiro de cinema . com . br

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RECEBI POR AÍ

Recebi por aí. Leiam e decidam por vocês mesmo, ou pesquisem, se é verdade.

O deputado Jutahy Magalhães (PFL - Bahia) é o autor de um projeto de lei que, conforme matéria da Rede Globo, proíbe o Ministério Público de investigar atos de corrupção de Presidente da República, Governadores de> Estados, Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais e Prefeitos.


Bem, o que podemo fazer contra isso, se é que isso é verdade? Primeiro, espalhem a notícia. Segundo, cobrem dos meios de comunicação a divulgação da notícia. Terceiro, mandem e-mails para os líderes no congresso, expondo a situação e a revolta da população com esta atitude (se você for contra, é claro).

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quarta-feira, agosto 10, 2005

Exú

Todo mundo tem um pouco de Exú.
Uns o pau, outros o cu.


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Exú

Todo mundo tem um pouco de Exú.
Uns o pau, outros o cu.


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sexta-feira, julho 29, 2005

Como já dizia Raul Seixas

Gelo em marte.



PRIMEIRO CORTE: OFICINA DE EDIÇÃO AUDIOVISUAL


A Arteponto Produção Cultural & Design em parceria com a Torch Engenharia e Computação Gráfica promove PRIMEIRO CORTE: OFICINA DE EDIÇÃO AUDIOVISUAL. Esta oficina tem como objetivo introduzir o participante no universo da edição de imagens de forma teórica e prática, utilizando como ferramenta o software ADOBE PREMIÉRE. Serão abordados conceitos de montagem através da análise de clássicos do cinema como O Encouraçado Potenkim, Um Cão Andaluz, entre outros, que ainda hoje representam uma referência para editores de cinema e vídeo. A oficina será ministrada pelo Designer e Editor Ricardo Bertol, profissional que desenvolve trabalhos criativos em edição de vídeo, design gráfico, animação e vinhetas.  

A oficina terá carga horária de 16h distribuída em quatro aulas aos sábados, nos dias 10, 17 e 24 de Setembro e 01 de Outubro de 2005. Terão opções de turmas pela manhã ou pela tarde. A oficina inclui a realização por aluno de um trabalho de edição que será exibido em uma mostra final. As inscrições estão abertas até o dia 09 de Setembro e podem ser realizadas na Torch Engenharia, local onde será ministrada a oficina. Vagas limitadas! 

O quê: PRIMEIRO CORTE Oficina de Edição Audiovisual
Quanto: 300 reais
Inscrições: abertas
Quando: 10, 17 e 24/09 e 01/10/2005.
Onde: Torch Engenharia: Av. Tancredo Neves, 909 Ed. André Guimarães, Sala 1512 Caminho das Árvores Salvador /BA (Edifício do restaurante Barbacoa) 

Informações:
ARTEPONTO: Milena Leite: 8852- 1789 / Davic Oliveira: 9922-2242 arteponto@pop.com.br 
Torch Eng: 3272 - 6612 / 9139-6334 / torch@torch.eng.br / www.torch.eng.br


EU NÃO CONHEÇO O CARA E NÃO SEI DIZER SE ELE É BOM OU SE A EMPRESA PRESTA.


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segunda-feira, julho 25, 2005

Provérbios tracadilhados 1


"A pressa é inimiga da perfeição."

"A prensa é inimiga da perfeição."

"A imprensa é inimiga da perfeição."

"A pressa é inimiga da refeição."

"A pressa é inimiga da razão."

"A imprensa é inimiga da razão."

"A pressa é um perigo pra perfeição"

"Imprensa: perigo para a nação."

"Imprensa: bem vinda ao Afeganistão."

"Imensa é a nossa decepção."

"A presa é nossa alimentação."

"Apesar da nossa perfeição."

"A prece é inimiga da perfeição."

"À pé é o contrário da condução."

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terça-feira, julho 19, 2005

Homem morre ao ser sodomizado por cavalo nos EUA


Um homem morreu em um sítio nos Estados Unidos freqüentado por zoófilos ao ser sodomizado por um cavalo, informou a polícia nesta segunda-feira. "Do médico legista ao comissário, passando pelos investigadores, ninguém jamais viu algo remotamente parecido com isto", disse Eric Sortland, chefe da Polícia de Enumclaw, 60 quilômetros a sudeste de Seattle, Estado de Washington.

A vítima de 40 anos sofreu graves lesões internas e seu corpo foi deixado por desconhecidos em um hospital de Seattle, no dia 2 de julho, pouco depois do ato. "Seu cólon rompeu, como os órgãos inferiores da mesma região, e a hemorragia o matou", revelou Sortland.

As investigações revelaram que o sítio era especializado em zoofilia e oferecia a seus clientes cavalos, pôneis, cabras, ovelhas e até cães. Tudo era anunciado pela Internet.

A polícia apreendeu fitas de vídeo com centenas de horas de atos sexuais entre homens e animais. O código penal do Estado de Washington não proíbe a zoofilia.

Euvaldo já tinha me falado desse sítio...

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Camilo

Camilo


Aniversário de Camilo hoje.


Parabéns!

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sábado, julho 16, 2005

Imagens Fantásticas

Fantástico!


sexta-feira, julho 15, 2005

Mais filmes...

Amanhã, eu filmo o meu primeiro vídeo (sem contar claro os filmes que eu fiz quando guri, ou seja, até os 14 anos)totalmente meu. Roteiro, direção, câmera, produção. Não vou editar dessa vez, mas acompanho a edição.

Um roteiro de 1 minuto, que escrevi para o festival do minuto Vivo.

É isso.

domingo, julho 10, 2005

Filmes...

Eu já falei que eu estou trabalhando em outro filme já?

Acaba quarta-feira.

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terça-feira, julho 05, 2005

Elevador Lacerda

Ontem eu andei no elevador duas vezes, de graça!
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segunda-feira, julho 04, 2005

A quem interessar, possa

A exibição do clássico Cidadão Kane (Orson Welles) integra o evento Cinematógrafo, Potemkin, Projeção e Discussão de Filmes, programado para esta terça-feira (5), a partir das 18h, na Sala Alexandre Robatto, na Biblioteca Central dos Barris. Na sequência, as discussões sobre a película serão conduzidas pelo professor Mauro Castelo Branco de Moura. O evento é uma iniciativa conjunta do Cinema-História do Núcleo de Pesquisas do Departamento e Pós-Graduação em História da Ufba, em parceria com a Fundação Cultural do Estado.


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terça-feira, junho 21, 2005
















Ali, do lado da Praça da Sé.

Se eu não me engano, o único cinema que funciona no centro da cidade (o Tamoio fechou).

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Teste do novo Bloggar...
Tcham, tcham ram!

É isso mesmo! Exatamente! O que todos esperavam!
E sejam muito felizes!

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segunda-feira, junho 06, 2005

Que a força esteja com vocês!

Para testar a fé do brasileiro e restabelecer a paz universal, nosso repórter assistiu a toda a série Star Wars e fundou uma nova religião: o jedaísmo. E até conseguiu adeptos

Por Arturo Querzoli

Um assunto estranho invadiu os noticiários do Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia, que estão realizando seus respectivos censos populacionais em 2001: uma misteriosa corrente de e-mails pedindo a todos os cidadãos que não têm uma religião definida que respondam aos pesquisadores que são da religião Jedi. O spam afirma que, assim que os adeptos somarem 10 000 respostas, o jedaísmo, inspirado na série Star Wars, de George Lucas, poderá ser transformado em uma religião oficial.

Mas, apesar da simpatia do Mestre Yoda e sua turma, a campanha não deu muito certo. E os auto-intitulados Cavaleiros Jedis foram ameçados com multas e processos se continuassem com a tentativa de melar o censo. Será que no Brasil aconteceria o mesmo? Afinal, o brasileiro já acreditou em coisa muito mais bizarra, como o ET de Varginha, o confisco do Collor, a Seleção Brasileira e o Paulo Maluf. Por que não acreditaria numa religião baseada na filosofia Jedi?

Pouco tempo depois, eu, Arturo Querzoli, e dois atores, Leonardo e Fábio, nos vestimos de Cavaleiros Jedis e invadimos a Praça da Sé, no Centro de São Paulo, ponto de pregação de muitos líderes espirituais, para divulgar o jedaísmo - e ver se descolávamos uma graninha extra.

Munidos de um cartaz feito por um pintor de pôsteres de filmes pornôs e de alguns colares encomendados para lembrar que "a Força está com você", paramos no meio da praça, a alguns metros de um grupo de evangélicos cristãos.

Passados 5 minutos, nós três - recém-nomeados Obi-Wan Kenobi (Leonardo), Qui-Gon Jinn (eu) e Luke Skywalker (Fábio) - já atraíamos olhares curiosos. Em dúvida se a atenção popular era causada pela mensagem "Que a Força esteja com você" pintada no cartaz atrás de nós ou pelas roupas ridículas que usávamos, Obi-Wan Kenobi dirigiu-se ao curioso mais próximo e perguntou:

Obi-Wan Kenobi: O que você está fazendo aqui na praça?

Curioso: É que eu não sou ninguém. Acabei de cumpir 23 anos de cadeia.

Obi-Wan: (tentando disfarçar o susto): Por que você acha que não é ninguém? Quantos anos você tem?

Curioso: 42. É que eu sou ignorante…

Obi-Wan: (dirigindo-se ao recém-formado grupo de interessados ao redor de nós): Quantos de vocês têm mais de 50?

(Alguns levantam a mão.)

Obi-Wan: (apontando para o ex-presidiário): E quem de vocês acha que esse homem é ignorante?

(Ninguém levanta a mão.)

Obi-Wan: E quem acha que ele é ninguém?

(Ninguém levanta a mão.)

Obi-Wan: (para o ex-presidiário): Tá vendo? Sinta a Força dentro de você e dê a volta por cima! Como você está se sentindo agora?

Curioso: Alguém. Agora eu sou alguém!

Obi-Wan: (com um sorriso contagiante de Padre Marcelo): É isso, irmão! Seja um Jedi e que a Força esteja com você.

Vencido o combate inaugural contra o Lado Negro da Força, um grupo de bêbados, secretárias, desempregados, auxiliares de escritório, bacharéis, office-boys e outros habitantes da Praça da Sé já se aglomerava em volta dos três dublês de beduínos que haviam acabado de converter um ex-fora-da-lei. Será que a Força estava realmente do nosso lado?

Confiantes de que o público não reconheceria a semelhança entre a nossa religião e os filmes do George Lucas (se descobrissem a brincadeira, certamente nos expulsariam a pedradas), iniciamos nosso sermão. Nosso discurso era simples, baseado em quatro princípios básicos:

1. Acreditar e sentir a Força, que está acima de todas as religiões do planeta Terra.

2. União universal e sem preconceitos entre humanos, andróides e extraterrestres.

3. Busca da paz e do amor pelo poder da Força.

4. Combate sem tréguas ao Lado Negro da Força.

O público ao nosso redor foi aumentando. Preocupado com a concorrência, um pastor do grupo evangélico vizinho abandonou seus companheiros para nos intimar:

Pastor: Quem são vocês? O que vocês estão transmitindo aqui?

Qui-Gon Jinn: Estamos transmitindo a Força. A Força dos Jedis. O senhor conhece a nossa religião?

Pastor: Jedis, né? Já ouvi falar… Li alguma coisa a respeito, mas não conheço muito, não. Qual o objetivo de vocês aqui?

Qui-Gon: Promover a paz e o amor, ensinar vocês a usarem a Força que está presente em todo o Universo…

Pastor (incrédulo): E como vocês pretendem fazer isso? Baseados em qual fundamento? Como podem explicar essa tal Força do nada? Como podem não acreditar no pai-nosso-todo-poderoso?

Mal começou a discussão entre o evangélico e Leonardo (Qui-Gon Jinn), e os curiosos se multiplicaram em torno de nós. Para ajudar o pastor indignado, um espertalhão logo lançou a pergunta: "Isso é daquele filme Guerra nas Estrelas!", mas obteve, antes que o público se rebelasse, a resposta ensaiada de Luke Skywalker: "Claro que sim. O filme é o único que mostra nossa religião, que existe há milhões de anos".

Depois de 10 minutos de acusações ("A Força é o diabo!"), o pastor ficou bravo e foi embora, resmungando pragas bíblicas. Ele, porém, estava errado. A Força não é o diabo. O Darth Vader é que é o diabo. Nessa altura do campeonato, já choviam perguntas da pequena multidão reunida, que, para nosso espanto, realmente estava interessada em virar Jedi. Os diálogos que se seguiram pareciam saídos de ficção científica:

Rapaz: Vocês acreditam que, através dessa Força que vocês pregam, as pessoas consigam mover objetos por meio do pensamento?

Qui-Gon Jinn: Claro! É só atingir um estado de perfeita harmonia com a Força presente no Universo.

Rapaz (falando para a velhinha atenta que está ao seu lado): Viu, mãe!? Não falei pra senhora? Agora a senhora sabe como eu faço para mexer os copos e aquelas coisas todas! (Dirigindo-se a mim): É que eu tenho poderes paranormais, sabe? Eu olho para um animal, por exemplo, e penso: "Quero que você levante e vá para a esquerda". Aí ele levanta e vai para a esquerda.

Qui-Gon (fazendo cara de santo para não rir): Hum… Sei… A Força é forte em você, meu jovem.

Com o sucesso repentino das nossas pregações e ensinamentos, logo nos tornamos a sensação da praça. Como todo líder religioso que se preze, passamos à segunda fase de nosso teste de fé: a arrecadação financeira. Entre uma pregação e outra, Luke Skywalker abriu um pequeno tabuleiro com nossos Talismãs Jedi (produzidos pela empresa Controvérsia especialmente para a VIP): amuletos para proteger os Cavaleiros Jedi contra o Lado Negro da Força. Nem precisamos anunciar que o pequeno disco de lata com uma pedra no meio realizava milagres, espantava mau-olhado e atraía a sorte. Os simpatizantes de Yoda avançaram sobre as bijuterias sem perguntar o preço. Como nós não somos perversos como Jabba, the Hut, cobramos só 1 real por colar. E quebramos o protocolo da Praça da Sé ao aceitar passe e vale-refeição. Em menos de meia hora, só tinha notas amassadas sobre o tabuleiro. Definitivamente, a Força estava conosco! (Nós demos o dinheiro para o primeiro mendigo que encontramos ao sair dali, leitor. Afinal, um Jedi não se preocupa com a acumulação de bens materiais. Lembra-se de Yoda morando no pântano e de Obi-Wan no meio do deserto?)

Mas, de repente, eis que o Lado Negro da Força resolveu nos desafiar. Talvez enviado pelo próprio Darth Vader, um jovem pastor evangélico, bem vestido, infiltrou-se no meio dos nossos futuros fiéis e começou a nos provocar:

Pastor Ivan Padilha: E de onde veio essa Força? Em qual livro vocês se baseiam?

Obi-Wan Kenobi (com as mãos sobre o rosto em sinal de concentração, para ganhar tempo): Ééé… Nos baseamos na experiência!

Ivan: Que experiência? Não tem nenhum livro que prove a existência disso! Nem em Deus vocês acreditam!

Ao ouvir essas palavras, parte do público começou a murmurar, duvidando da Força e (imagine só) até de nós, os Cavaleiros Jedi...

Obi-Wan (fazendo o sinal Jedi com o braço, para disfarçar o desespero): Éééé… É que não é preciso ver as coisas para acreditar. Por exemplo, o que vocês vêem aqui? (Enquanto fala, Obi-Wan fecha o punho, como se agarrasse o ar.) Para a maioria, dentro da minha mão não tem nada. Para nós, Jedis, existe muita coisa nesse vazio…

Ivan (exaltado): Vocês estão enganando o povo!

Obi-Wan (emblemático): A Força não engana ninguém. Basta senti-la.

Com o bate-boca, mais pessoas se aproximaram. Nosso público já era muito maior do que o que assistia às pregações cristãs ao lado. Mas, quando nosso companheiro Jedi afirmou que "Deus não existe, só a Força é real", o pastor correu para o centro da praça e berrou:

Ivan (possesso): HERESIA!!! Ato de má-fé!!!

O escândalo do pastor serviu apenas para atrair mais curiosos. Alguns já tinham, pelo visto, uma grande concentração da Força. Um deles, chamado Carlos Santos, se aproximou.

Carlos: Eu sei que a Força e todas essas coisas que vocês falam é verdade.

Qui-Gon: Ah! Então você já é um Jedi…

Carlos: Tanto que eu fui guerreiro romano numa vida passada e já estou em minha última encarnação aqui no planeta Terra.

Qui-Gon: Sei… E para onde você vai depois?

Carlos: Para Júpiter, claro, onde vive a civilização mais avançada do Sistema Solar. Os cientistas só não sabem disso porque eles estão em forma etérea, não dá para vê-los.

Qui-Gon: Ah, claro. Que a Força esteja com você…

No final da tarde, com muitos novos adeptos do jedaísmo circulando pela praça, uns trocados na caixinha e a enorme culpa por zombar da credulidade de gente simples mas honesta, resolvemos abandonar o planeta Terra. Na surdina, para não atrair a ira dos fiéis, nos dirigimos, um a um, para o carro que nos esperava num local econdido. Já longe do perigo de sermos descobertos, fizemos o sinal Jedi um para o outro, comemoramos o sucesso da empreitada e tiramos a fantasia. Animado, quando cheguei em casa tentei me concentrar na Força e fazer o controle remoto da TV levitar até mim. Não deu certo, mas um dia chego lá.


* Alguns personagens desta reportagem tiveram seus nomes mudados, pois não foram avisados de que pagariam o maior mico.

Encontre seu nome Jedi

Não dá para salvar o Universo das forças do mal chamando-se João da Silva, né? Para se tornar um Cavaleiro Jedi verdadeiro, é preciso ter um nome que faça jus à espada de luz. Se você quer saber como seria seu nome de aprendiz de Yoda, acesse o site Jedi Name: www.xach.com/misc/jedi.html (em inglês). É só dar seu nome, o nome de solteira de sua mãe e o último remédio que você tomou, que a Força se encarrega do resto.

Meu nome, por exemplo, ficou assim: Arturo (nome) + Querzoli (sobrenome) + Álvares (nome de solteira da minha mãe) + São Paulo (cidade natal) + Ranitidina (última medicação que tomei) = Quear Alsão, do planeta Ranitidina!

*o meu nome Jedi ficou: AZENI SASAL, do planeta Dimeticona (ai, ai.. logo esse!!! Deve ser um planeta cheio de Geizers)

Oração do Jedi


Para ser uma religião completa, não poderia faltar uma oração. Pensando nisso, a VIP criou a Oração do Jedi, para você recitar todos os dias antes das refeições - de preferência, ajoelhado.


Ó Força que o Universo conduz,

Ajudai-nos, reles humanos,

Ilumine nosso caminho,

Trace nosso destino

Nos tornando Jedis soberanos


Ó Força em tudo presente,

Fazei-nos vencer o Lado Negro nas lutas

Com o Sabre de Luz, amor e sabedoria,

Conquistando um Universo em harmonia

E o amor de São George Lucas

Os 10 mandamentos

Religião tem que ter mandamentos. Aí estão os 10 princípios do jedaísmo

1. A Força deve compreender.

2. Como o Mestre Yoda, somente da Força falar em invertida ordem e, de preferência, rimar.

3. Contra o Lado Negro da Força, eternamente lutar. (Viu? Rimou!)

4. Não ter preconceitos em relação a outros humanos, robôs ou extraterrestres com mais de uma cabeça.

5. Combater eternamente Darth Vader e qualquer outro tipo de enlatado.

6. Jamais confundir Star Wars com Star Trek.

7. Achar que o Spock faz parte do Star Wars é pecado mortal.

8. Não confundir a ordem dos episódios dos Seis Filmes Sagrados de São George Lucas (o mais recente é o primeiro, o mais antigo é o quarto e ih, que confusão!).

9. Não usar o sabre de luz durante o apagão (afinal, o Universo inteiro está em crise de energia).

10. Reconhecer que a Força está dentro de você, mas no bom sentido.


sábado, junho 04, 2005

MOSTRA DE VIDEO
JOVENS REALIZADORES BAIANOS
3 a 5 / Junho / 2005
Sala Alexandre Robatto - Biblioteca Pública dos Barris


PROGRAMAÇÃO

PROGRAMA I
-A um passarinho - Mariucha Ponte
-A Job that slowly kills you - Gustavo Seabra
-Essa é a nossa verdade - Antônio Neto
-No Compasso da Escuridão - Marcelo Villanova
-O Doce Encanto da Humanidade - Leon Sampaio
-O Paraíso da Honestidade Perdida - Leon Sampaio
-Sala de Espera - Adriano de Carvalho
-Sem a lona preta - Diego Lisboa

PROGRAMA II
-300 Segundos - Hermilio Santana
-A Noite em que as sombras queriam Carlos Magno - Caê Almeida
-Bahia de Todos os Santos - Gelson Júnior
-Memória - César de Oliveira
-Verde Cinza - Queliton Xavier
-R$ 1,50 - Daniel Lisboa

PROGRAMA III
-A Morte - Diego RB
-Dossiê Manuela Rosário - Alfredo Villas ? Boas
-Mundo cão... - Hélio Sampaio Neto
-Sonhos Entrecortados - César de Oliveira
-Tarde Triste - Ednei Otávio
-Todo Errado - Laís Souza
-Um dia Após o Outro - Gabriel Teixeira
-Vingança - Marcelo Villanova

PROGRAMA IV
-Andercícero - Laís Souza
-Hamlet - Leandro Lima
-Jovens Realizadores - Silas Carvalho
-Olhos Verdes - Diego Lisboa
-Razão do Love - Alan Miranda
-Sala de Cinema UNEB - Luciano Carcará
-Tédio Consola-Dor - Queliton Xavier
PROGRAMA V
-Bon Appetit _ João Rodrigo Mattos e Daniel Rangel
-Cega Seca ? Sofia Federico
-O craque e a miséria ? Walter Freire
-O Ponto ? Maria Carolina

SEXTA ? 03. 06. 2005

16h às 18 h ? Abertura da Mostra de Vídeo - Jovens Realizadores Baianos
Debate: ?Desafios enfrentados por um jovem realizador no mercado audiovisual baiano?
Participação do cineasta Carlos Pronzato, do representante da ABCV Lula Oliveira e do estudante Luciano Carcará.

18h às 19h ? Programa I
19h às 20h ? Programa II
20h às 21h ? Programa III
21h às 22h ? Programa IV

SÁBADO ? 04. 06. 2005

16h às 17h ? Palestra: O roteiro e a obra audiovisual
Palestrante: Rubens Shinkai

17h às 18h ? Programa III
18h às 19h ? Palestra: Crítica do Audiovisual
Palestrante: André França
19h às 20h ? Programa II
20h às 21h ? Programa IV
21h às 22h ? Programa I

DOMINGO ? 05.06.2005

15h às 16h ? Programa II
16h às 17h ? Programa I
17h às 18h ? Programa V
18h às 19h ? Programa IV
19h às 20h ? Programa III
20h às 22h ? Exibição do curta ?Anhetegua (Liberdade), ALCA não?, do cineasta Carlos Pronzato
Exibição de ?O Anjo Negro?, longa metragem do cineasta baiano Zé Umberto



segunda-feira, maio 30, 2005

Episódio 3

Sim, eu continuo por aqui. E sim, eu assisti. Meu comentário é longo demais para este post, mas virá no próximo, porque agora estou morrendo de sono. Mas adianto. O filme tem coisas péssimas e coisas maravilhosas. Mais péssimas do que maravilhosas. Mas vale à pena ter sido feito, e mais ainda de ser assistido.

Mas é sombrio.

domingo, maio 01, 2005

Explico:

Sapo cururu é uma mostra paralela (perpendiculas) num cinema velho mas muito de fuder no décimo andar de um prédio (o cine AIP). Só passaram filmes muito bons (eles têm um projetor de 35 mm que fica na própria sala), inclusive SUperoutro, de Edgar Navarro.

Mas acho que vcs não entenderam. Recife é MUITO melhor que salvador, com duas exceções: O trânsito e o sotaque recifense.

terça-feira, abril 26, 2005

Voltei.

Fui ali, no Recife, no Cine-Pe, no Sapo Cururu e no Abril Pró Rock.


Salvador é uma merda.


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terça-feira, abril 05, 2005

Calma

eu ainda não morri.

Aguardem o retornodo grande Ema...

segunda-feira, março 14, 2005

Em homenagem a Rodolfo

Todos os dias
A morte, ao meu lado
Impede que eu vá


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quinta-feira, março 10, 2005

Mulher não precisa mais de BO para fazer aborto

"O boletim de ocorrência não será mais exigido pela rede pública de saúde para a realização de aborto em mulheres que aleguem ter engravidado após estupro. A norma está sendo impressa pelo Ministério da Saúde e será distribuída aos serviços de aborto legal do país até o final deste semestre, segundo informa a "Folha de S.Paulo".

A exigência do BO não está prevista no código penal e nem a mulher tem a obrigação legal de informar a violência à polícia, mas o documento era exigido com base numa norma técnica do ministério, de 1998.

A nova medida causa polêmica entre grupos religiosos, que acusam o incentivo ao aborto. O ministério esclarece que a norma informa que os médicos devem orientar a vítima a tomar as providências policiais cabíveis e não devem temer conseqüências judiciais nos casos em que posteriormente se descubra que a gravidez não foi resultado de estupro."

Eu prefiro que facilite do que complique.

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Morre A VERDADEIRA Dona Benta

"A atriz Zilka Sallaberry, de 87 anos, morreu na madrugada de hoje no Rio de Janeiro. Ela estava internada desde o dia 15 na unidade coronariana do Hospital Samaritano, em Botafogo, na zona sul do Rio. Nos últimos dias seu estado era considerado grave, com quadro de insuficiência renal, infecção urinária e desidratação aguda. Ela sofria de doença pulmonar crônica e respirava com a ajuda de aparelhos.

Atuante no teatro desde a juventude, Zilka Sallaberry ficou para sempre na lembrança dos brasileiros como a Dona Benta da primeira" (E ÚNICA) "versão do programa "Sítio do Picapau Amarelo", da TV Globo, inspirado na obra de Monteiro Lobato. Ela ainda atuou em novelas como "Que Rei sou Eu?" e minisséries, como "Engraçadinha". Recentemente, a atriz atuou no filme "Xuxa e os Duendes 2"."

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segunda-feira, março 07, 2005

Filmagens

Amanhã começam as filmagens de "Mário Gusmão, o Anjo Negro da Bahia", vídeo documentário de 55 minutos do qual sou assistente de direção.

É a segunda vez que eu sou assistente de direção de alguém. Da primeira vez, foi para o curta "Ana", feito em película por estudantes da Escole de Cinema de Londres, mas eu não cheguei ao final do processo, não pude participar das filmagens. Participei apenas do processo de reestruturação do roteiro, dos ensaios, análise técnica, etc.

Agora, estou sendo assistente de dois documentários.

Um deles premiado pelo DocTv II, fala sobre Mário Gusmão, um dos atores mais importantes da Bahia, filmou com Glauber Rocha, com a Globo, fez várias peças, dançava, era professor de dicção. No segundo ano de Escola de Teatro, era considerado o melhor ator brasileiro.

O outro é sobre o (pasmem) pianista, baterista, baixista, guitarrista, violonista, cantor, compositor, enfim, músico multiinstrumentista Luis Caldas. Sua vida, seus 20 anos de Axé Music, seu indo e vindo sucesso.

E, nesse meio tempo, fui chamado para trabalhar em outro documentário como assistente e dois comerciais.

Este ano vai ser bala.


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quarta-feira, março 02, 2005

Nova técnica pode tornar objeto invisível
da Folha de S.Paulo

Dois cientistas, um nos EUA, outro na Itália, estão propondo um método para tornar objetos virtualmente invisíveis. Por enquanto, a técnica é apenas uma porção de equações num pedaço de papel, mas os cientistas acreditam que já possa funcionar pelo menos com objetos muito pequenos, quase microscópicos. A afirmação convenceu o Departamento de Defesa dos EUA a financiar parte da pesquisa da dupla.

Uma versão preliminar do estudo, assinada por Nader Engheta, da Universidade da Pensilvânia, e Andrea Alù, da Universidade de Roma, já está disponível na internet e a notícia foi primeiro reportada pelo site jornalístico da revista britânica "Nature".

A idéia dos pesquisadores para "esconder" um objeto é envolvê-lo numa capa feita de um metal especialmente preparado (ouro ou prata parecem ser adequados para isso). A configuração dos elétrons nos átomos desse material, uma capa metálica com pequenos furos, criaria um efeito de vibração que equivaleria ao de ondas de luz num determinado comprimento de onda (dependendo do comprimento, a luz é de um "tipo": visível, infravermelha, ultravioleta, rádio, raios X etc.). Quando a luz desse comprimento específico incidisse sobre o material (chamado de plasmônico), ela não seria rebatida, e o objeto passaria a ficar invisível.

Entretanto, os fãs de ficção científica não devem se assanhar muito: um sistema de invisibilidade como o usado pelos romulanos em "Jornada nas Estrelas" ainda está longe de praticável. O sistema proposto por Engheta e Alù só funcionaria para objetos muito pequenos. Coisas grandes poderiam ser escondidas apenas de ondas cujo comprimento fosse maior que elas mesmas --é possível, por exemplo, recobrir um ser humano com uma capa que o torne invisível em microondas (que têm comprimento maior), mas detectável em luz visível.

Outro problema tem a ver com o formato do objeto. Os cientistas acham que será mais fácil esconder cilindros e esferas do que peças com forma altamente irregular, como aviões e naves espaciais.

Os pesquisadores apostam que o sistema será mais útil para esconder objetos minúsculos mesmo. Por exemplo, eles citam aplicações microscópicas, em que uma sonda é introduzida num objeto que se quer visualizar, como por exemplo uma célula viva, mas é tornada invisível para impedir que sua presença interfira com a imagem do microscópio.
Mesmo para isso, seriam precisos pelo menos mais cinco anos de pesquisa, segundo Engheta, em entrevista ao site LiveScience.
Xerocar livro poderá dar cadeia - O Estado de São Paulo - 02/03/2005

O governo federal vai usar mecanismos de pressão - primeiro, a negociação e, depois, o emprego da lei - para forçar as universidades brasileiras, públicas e particulares, a acabar com a prática desregrada das fotocópias.

A medida integra o conjunto de cem ações aprovadas pelo Conselho de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual, do Ministério da Justiça. Outra decisão polêmica prevê a repatriação de imigrantes ilegais que circulam nos centros urbanos vendendo bugigangas eletrônicas.

As ações de caráter repressivo, educativo e preventivo começam agora e se estenderão pelos próximos dois anos com o objetivo de combater a indústria da falsificação que prolifera na economia brasileira. "Não se tem a pretensão de acabar com o problema com um tiro de canhão, mas de reverter a curva ascendente da pirataria no País", disse o presidente do conselho, Luiz Paulo Barreto.

A pirataria, conforme o governo, movimenta R$ 56 bilhões no País, principalmente nos setores de fumo, bebidas, combustíveis e audiovisual, como CDs musicais, mas atinge também o setor editorial. Esse crime eliminou 2 milhões de empregos formais no ano passado, e causa prejuízo anual de R$ 8,4 bilhões na arrecadação de impostos.

Segundo Barreto, a reprodução de trechos de livros, prática generalizada nas universidades, é crime contra a propriedade intelectual, com pena de 2 a 4 anos de reclusão.

As faculdades serão enquadradas para cumprir a lei e ampliar suas bibliotecas, em vez de estimular as cópias xerox. Pelos dados do conselho, quase nenhuma faculdade cumpre a norma do MEC de manter em suas bibliotecas pelo menos 1 livro para cada grupo de 15 estudantes.

O conselho chamará representantes das universidades e estudantis, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), para negociar um acordo. Uma das propostas é aumentar a oferta de livros nas bibliotecas, passando para 1 livro para cada 10 alunos.

Na delegacia de combate à pirataria de São Paulo não há inquéritos sobre cópias de livros. "Mas há professor que recebe o livro da editora e o põe na caixinha para que os alunos o copiem", disse o coronel Carlos Alberto Camargo, diretor da Associação de Defesa da Propriedade Intelectual.

Outra decisão é negociar com editoras o lançamento de versões simplificadas e baratas para estudantes. O conselho decidiu ainda criar uma divisão de repressão ao contrabando e à pirataria nas Polícias Federal e Rodoviária Federal e organizar varas especializadas no tema na Justiça estaduais para dar rapidez aos processos.

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Hai Kai da Morte

Eu vejo a morte todos os dias
Ela está sempre ao meu lado
Impedindo que eu vá antes da hora

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quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Antes que eu me esqueça.

Dia 25 será a data de aniversário de Guigo, vulgo Guilherme Macedo.

É foda, por que ele é uma dos amigos que eu tenho que eu mais gosto. EU gosto desse cara pra caralho. ATé da namorada dele eu gosto, ele é gente boa pra porra!

Mas o problema é que: Eu o vejo uma vez por ano, e o filho da puta nunca, sem mentira, nunca vai pra nada que eu o convide, seja com 6 meses de antecedência, seja com 2 minutos.

Aliás, se isso acontece, começo a repensar se ele é mesmo meu amigo.

Meu amigo?

O cara que nunca liga pra gente, não retorna ligações, não vai aos encontros, não foi ao futebol americano, não lê meu blog (esta em aprovação uma lei federal, obrigando a todos que têm acesso a internet a freqüentar este blog ao menos uma vez por semana), etc, na verdade não é uma amigo, é um escroto!!!

Mas eu gosto dele assim mesmo.

Então, antes que eu esqueça do toreador mais freak do live (Rodolfo, Jerzy e Kalil não contam, eles são super freaks na viada real), eu vos digo:

Parabéns, Guilherme!

Gostaria que você aparecesse de vez em quando. Assim como muitos outros que estão sumidos...

Uma pena.
Sei lá...


Eu recebi isso aí, nem sei se é verdade, tem uns números aí, chequem se quiserem.

A informação tem de ser livre. Eu dou a vocês a chance de escolher acreditar as coisas ou não, melhor que não passar adiante.

Decidam por si mesmos.

Ah, Rio de Janeiro, São Paulo, qual a diferença????

Prezados Senhores,

Vimos através desta denunciar uma agressão ocorrida na madrugada do dia 13 de fevereiro de 2005, no Bar Viva Zapata, situado na R. das Hortências, nº 600. Pituba (Tel.:451-0326).

Na noite do dia 12 de fevereiro de 2005, fomos a esse bar comemorar o aniversário de uma amiga, reservamos uma mesa com um dia de antecedência, chegamos por volta das 21:30hs e o problema já começou desde aí, pois a casa estava cheia e tinha fila de espera, então como nossos amigos demoraram um pouco de chegar (cerca de 30min) os garçons queriam tomar nossa mesa para algumas pessoas da fila de espera entrarem. Não entregamos a mesa e informamos que nossos amigos já estavam chegando.

Todos chegaram, e a noite transcorreu bem até a hora de pagar a conta. Como o sistema de cartão de crédito deles estava caindo toda hora, eu e uma amiga minha ficamos no caixa para esperar o cartão passar e dar o restante do dinheiro, enquanto isso nossos amigos saíram e ficaram na escada que dá acesso a saída do Bar Viva Zapata. Foi nessa hora que a discussão começou, o dono do bar - que já sabia que a conta estava sendo paga, pois o mesmo ajudou a passar os cartões de crédito e recebeu em espécie a outra parte da conta - e os seguranças foram tirar satisfação sobre a conta, sendo que a conta já havia sido paga por mim e pela minha amiga, por esse motivo os meninos não entenderam o motivo desta cobrança.

Quando nós chegamos na escada já vimos a confusão formada, começou com empurra-empurra, mas logo depois tudo se transformou num ato de covardia. Quinze seguranças pegaram toras de madeira que decoravam o bar (como corrimão de escada) e começaram a espancar os nossos amigos que estavam em cinco. Eles levaram vários golpes, além de socos e pontapés e mesmo caídos eles não paravam de agredi-los com a madeira num ato frenético de agressão e covardia. Todos tiveram escoriações pelo corpo e rosto, porém um dos meus amigos, ficou gravemente ferido, com um corte na cabeça, olho inchado e hematomas pelo corpo inteiro, tendo que ser levado ao Hospital São Rafael, onde gastou cerca de R$1.100,00 com todos os tipos de exames inclusive Tomografia e medicamentos, saímos do Hospital às 6hs da manhã do dia 13.

Minha amiga e eu não fomos agredidas fisicamente, mas a covardia dessas pessoas foi tanta que eles nos seguraram para que nós não pudéssemos separar e ajudar os nossos amigo que ficaram lá estendidos no chão. De lá do hospital e com muita dor, dois dos nossos amigos foram prestar queixa na 7ª delegacia (Rio Vermelho), onde os policiais ficaram abismados com a situação e deram todo apoio para que o caso fosse levado adiante. Como nem sempre os culpados são punidos, e sendo esta a única forma que nós duas encontramos para fazer com que esse ato não fique impune, resolvemos escrever nossa história para que fosse divulgada para o maior número de pessoas possível, pois caso os culpados saiam ilesos dessa situação, estamos avisando as pessoas que não freqüentem o Bar Viva Zapata, para que isso não aconteça de novo, já que lá eles agem de acordo com sua própria lei.

Ajudem-nos para que a justiça seja feita, mesmo que eles não sejam punidos pela lei, o Bar Viva Zapata sentirá as conseqüências "no bolso". Não Freqüentem!

Caso vocês queiram confirmar essa história, entrem em contato conosco:
inis@click21.com.br
robertacortes@ig.com.br
Ou com a 7ª Delegacia (Rio Vermelho):
Tel.: 3117-5390
Boletim de Ocorrência: 1919/2005

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quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Cinema em Sampa


O Espaço Unibanco de Cinema reservou uma sessão só para exibir curtas-metragens.

Na última semana do mês, curtas antes exibidos apenas em festivais e sessões especiais ou que permaneceram inéditos serão exibidos em uma das salas do Espaço Unibanco.

Nas terças-feiras que antecedem a semana que os filmes entram em cartaz, acontece também um pré-estréia para convidados e público no próprio Espaço Unibanco.

Para exibição os curtas devem estar nos formatos 35mm ou HD.

Os interessados devem enviar uma VHS ou DVD do curta para seleção oa endereço abaixo:

A/C Marina Couto
Rua Voluntarios da Patria, 53
Botafogo - Rio de Janeiro - RJ
22270-000 BRASIL
tel: 55 21 25391505
fax: 55 21 2539-1247
cel: 55 21 93074675

Atenciosamente,

Marina Couto
GRUPO ESTAÇÃO
Pós Carnaval

Passei o carnaval no Capão.

Foi muito bom. Eu adoro rios e pedras, e andar, e calor, e dormir abraçadinho com Alice. E eu fiz muito disso!

Andei muito, fui em rios e cachoeiras maravilhosos, com muitas pedras, e dormi numa barraca apertadíssima que cabia mal-e-mal eu Alice e as bagagens, num colchão de solteiro conseguido emprestado no Camping.

Mas o Capão estava lotado, lotado, lotado. Mesmo, assim, do nível insuportável.

Lá em cima da cachoeira da fumaça, havia mais de 100 pessoas. Eu tive que entrar na fila para poder ir para a ponta da pedra, deitar, e olhar lá para baixo. E eu fiquei uns 20 minutos na fila.

Encontrei meia Aldeia Jaguaribe e adjacências. Encontrei gente com quem trabalhei e lembrava, com quem trabalhei e não lembrava, com ex-namorada de amiga que não lembrava, com ex-namorados de amigas que lembrava, com amigos de infância, com desafetos, com amigas, com ex-namorados da sogra, com meia galera de teatro da Bahia, com videoastas, com ex-moradores da Aldeia que viraram guias de trilhas, com pessoas que fizeram trilha de 4 dias que eu achava que não conseguiriam andar até o quarteirão vizinho sem se cansar, enfim, todo tipo de gente, até um sósia de Rodolfo, só que negro e de dread.

Mas foi divertido mesmo assim. Falta agora conhecer o morro do Gavião, e subir depois da cachoeira das Angélicas até o poço dos Duendes.

Mas da próxima vez, eu ligo antes reservando um quarto numa pousada. Barraca nunca mais!

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quinta-feira, janeiro 27, 2005

Comerciais

Acabo de voltar de Trancoso - BA, fui trabalhar num comercial alemão para uma linha de produtos de beleza de quinta categoria.

Trabalhei feito um condenado e nem tive tempo de dar um pulinho na praia...

Trancoso é o bicho, mas não pra ficar mais de uma semana.

Estou de volta.

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Se você quer ser feliz:

www.gordinho.cjb.net

mantenha o som ligado.

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terça-feira, janeiro 11, 2005

Um pouco de Teoria da Conspiração

Asia Tsunami Caused by Nuclear Test - Report


Politics: 6 January 2005, Thursday.

The earthquake that devastated the Indian Ocean on December 26, triggering mammoth waves called tsunami, "was possibly" caused by an Indian nuclear experiment, an Egyptian weekly magazine wrote on Thursday.

In the suggested test, according to the Al-Osboa magazine, "Israeli and American nuclear experts participated".

India, in its heated nuclear race with Pakistan, has lately received sophisticated nuclear know-how from the United States and Israel, both of which "showed readiness to cooperate with India in experiments to exterminate humankind," the Egyptian magazine commented.

Geologists labeled that region "The Fire Belt" for being "a dangerous terrain that can move at anytime, without human intervention," Al-Osboa wrote.

The Egyptian weekly magazine concludes in its report that "the exchange of nuclear experts between Israel and India, and US pressure on Pakistan which is exerted by supplying India with state-of-the-art nuclear technology and preventing Islamabad from cooperating with Asian and Islamic states in the nuclear field, pose a big question mark on the causes behind the violent Asian earthquake."

To produce an earthquake of 9.0 like the one in the Indian Ocean, a bomb of 178 megaton would be necessary to blow off, the Russian online edition MIGnews commented. However, neither India or Israel, nor the USA disposes of such bomb. The maximum power known to be tested so far on earth was the H-bomb of 57 megaton tested by the former USSR in 1961.

sexta-feira, janeiro 07, 2005

Bahia por Exemplo

José Augusto

A Sala Walter da Silveira vai exibir, dia 12, pelo projeto Quartas Baianas, o filme do cineasta baiano Rex Schindler, do qual foram lançadas cópias em 35 mm, VHS e DVD, que estão fazendo sucesso no meio cultural baiano.

O documentário, de 90 minutos, foi realizado há mais de 40 anos, no auge da explosão cinematográfica baiana, quando Salvador chegou a ser considerada a Meca do Cinema Nacional, título que Walter da Silveira detestava.

A cópia estava estragada e foi totalmente recuperada com recursos do Fazcultura, com apoio do empresário baiano José Augusto Melo. Verificou-se um fato sensacional: hoje, o filme é mais importante do que quando foi feito, transformou-se em um documentário histórico dos mais preciosos.

Bahia por Exemplo mostra, com maestria, como era a Bahia culturalmente à época. Rex filmou o que havia de melhor, com depoimento das personalidades artísticas mais importantes – hoje, a maioria está morta. Há registro da pesca de xaréu, dos bondes pelas ruas, da Orquestra Sinfônica da Bahia, com o maestro Koellreutter, do Museu de Arte Moderna da Bahia, de Lina Bo Bardi, da Escola de Teatro da Bahia, com Martim Gonçalves.

Mostra ainda a dedicação do reitor Edgard Santos à frente da Universidade Federal da Bahia; a Sociedade de Cultura Artística da Bahia (Scab), de Alexandrina Ramalho e José Silveira; o Clube de Cinema da Bahia, com Walter da Silveira fazendo palestras antes das exibições; o Cinema Novo, com Glauber Rocha, Oscar Santana, Roberto Pires – a explosão artística cultural da Bahia nos anos 60.

Chegam a comover os grandes escritores e artistas baianos, alguns iniciando carreira, dando depoimento e trabalhando ao vivo. Carybé, na praia, fazendo esboços dos pescadores e gente do povo, imortalizados depois em suas telas; Jenner Augusto, desenhando as palafitas dos Alagados; Calasans Neto, com as primeiras cabras e baleias; e mais Genaro de Carvalho, Carlos Bastos, Juarez Paraíso e outros.

Há depoimentos preciosos de Jorge Amado, ainda moço, Mãe Menininha do Gantois, Olga de Alaketo, Mestre Didi, dom Jerônimo, Lindemberg Cardoso, com seu coral e suas músicas, Dorival Caymmi cantando nas praias, Glauber Rocha, Mário Cravo, Hansen Bahia, Walter Smetack, Cid Teixeira e tantos outros.

Tudo filmado ao vivo, colorido, nos próprios locais e com a maior fidelidade. Quem vê a fita, fica comovido ao constatar que a Bahia, culturalmente, já teve maior representatividade. O filme de Rex Schindler é um documentário dos mais importantes não só para a Bahia como para o Brasil. Foram feitas cópias em inglês para exibição no estrangeiro.

Bahia por Exemplo - De Rex Schindler - Dia 12, 20h - Sala Walter da Silveira - Entrada franca


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“Cinema é um atraso de vida”

Desiludido, mas com a verve de sempre, Edgard Navarro explica por que está pensando em deixar o cinema

Ceci Alves

O diretor baiano de cinema Edgard Navarro, a princípio, não queria dar entrevista: “Eu estou despongando do cinema. Por isso, não quero falar dele”, justificou.

A afirmativa era grave. Edgard - engenheiro civil aposentado - dedicou a vida à Sétima Arte. E, quando finalmente pôde fazer seu primeiro longa-metragem, foi acometido por um surto de desilusão. Tudo por conta das pressões que sofreu do mundo real para colocar o filme Eu Me Lembro na lata.

“Esse mundo do CNPJ me assusta, sou angustiado, neurótico. Não quero dar minha alma para Satanás, que para mim é o dinheiro, a chapa branca”, diz Navarro, se declarando incapaz de produzir uma obra artística para um mercado “que suga o sangue do diretor”.

Desiludido, mas com a verve de sempre, o polêmico e irreverente autor do genial média-metragem Superoutro, que arrebatou os principais prêmios do Festival de Gramado à época de seu lançamento (1989), finalmente aceitou falar pessoalmente de Eu Me Lembro e do fazer cinematográfico. E, brincando com as palavras, diz por que vai abandonar o “bonde andando” do cinema nacional - aquele que está sempre sendo retomado - na entrevista que segue.

A TARDE - Você diz que está “despongando do cinema”. O que significa essa afirmação? O bonde vai andar sem você?

Edgard Navarro – Estou despongando porque eu perdi. Porque, se é verdade que os rápidos vão engolir os lentos, eu sou lento, e gosto de ser lento. Estou despongando do cinema porque a minha vida inteira – tenho 55 anos – tentei fazer as coisas de uma forma correta, transgredindo apenas nas metáforas e na criação, e a coisa não andou como eu esperava. O menino se transformou num homem que, para fazer cinema, teve de fazer muitas concessões. Passei dois anos esperando verba para finalizar algo que filmei em 2002 (N.R.: Eu Me Lembro, longa que ganhou o primeiro edital de produção de cinema do governo do Estado) e, só dois anos e meio depois, vou finalizá-lo, por não estar próximo a uma plêiade, ao jet set, a um star system, aos globais que fazem e que decidem o cinema nacional. Não tenho esse perfil, talvez porque sou feio, pobre, nordestino, que tem que vestir a beca, e não só vestir a beca, mas também conhecer fulano, ser apadrinhado... Eu não tenho esse savoir-faire. Eu desagrado. As pessoas não vão me convidar para uma festa porque sabem que sempre vou dar um peido, ou falar um palavrão impublicável, ou dizer, na minha ousadia ingênua, que o rei está nu.

AT - Você não acha que isso é entregar os pontos depois de ter nadado até a praia?

EN - Fiz o (média-metragem) Superoutro em 87/89 e consigo, 15 anos depois de um trabalho renitente, escrevendo muitos roteiros, tentando vários concursos e sem passar em nenhum, fazer meu primeiro longa-metragem. E, cá estou eu, 20 anos depois, me esforçando (ainda) para terminar meu primeiro longa-metragem. É frustrante. Então, acabou esse tempo, é hora de parar e fazer algo que valha a pena e não custe tanto. Para quem deu certo e consegue fazer essa ponte da poesia com o real – falo também do real moeda – só tenho admiração. Eu não dei certo.

AT - Você atribui o seu fracasso a alguma coisa, do tipo (falta de) políticas públicas na Bahia, ao destino, à sorte...?

EN - Não há política do audiovisual na Bahia, nem no Brasil. Por isso, não consegui continuar fazendo filmes depois de Superoutro. Isso é uma coisa perversa e representa, na Bahia, a hegemonia de um grupo que está aí há 30 anos boicotando o Estado, e que não fez, em termos do audiovisual, uma política crível. Se não, eu, cineasta baiano, teria grana para estar fazendo um próximo filme. Se não, depois de Superoutro, eu teria feito O Homem Que Não Dormia, que foi o roteiro que escrevi logo depois, e, quem sabe, hoje, eu não teria que despongar. Mas eu também faço um mea culpa: Superoutro tinha 45 minutos. Será que se ele tivesse o formato de consumo do mercado – mais 15 minutos, ou se fosse até de uma hora e 20 minutos – poderia ter conseguido sucesso e, assim, hoje, teria dispensado ser beneficiário político de um governo que “incentiva” o audiovisual? Quem sabe, então, O Homem Que Não Dormia poderia ter rendido um fundo de investimento para novos cineastas, já que eu estaria no meu mar, dialogando com Pedro Almodóvar e com os de minha geração. Mas não fui testado para as multidões, como Almodóvar, Caetano e Gil. Me sinto frustrado. Fui esmagado.

AT - Por que despongar só agora, então?

EN - Eu não faço as concessões que fiz ao entrar num projeto de um longa que ganhou R$ 1 milhão, atrelado a contratos com empresas que representam o filme, que é controlado de todas as formas pelo financiador – pelo Estado –, que quer ver as exigências cumpridas. E ainda tem as exigências do mercado, de ter que fazer sucesso, de ter que arrasar nos festivais. Eu tô muito angustiado com esse babado todo, com essa politica que não responde. Quero despongar do cinema tal como ele é feito, com todo esse aparato técnico, com um orçamento de R$ 6 milhões. Desisto disso.

AT - Não há chance de volta?

EN - Se Eu Me Lembro me tornar uma grife, e os produtores correrem atrás de mim com tempo e dinheiro, eu volto. Sem pensar em números, sem estar preocupado com dinheiro, ou seja, tentar dialogar com Satanás de uma forma interessante, inteligente, temperada.

AT - Enquanto isso não acontece, o que você vai fazer da vida?

EN - Quero me despir e ficar nu que nem o rei, fazer vôos alternativos. Acordei para a câmera digital, quero pegar uma e sair filmando, usar a música que quiser sem ter que estar atrelado à indústria fonoaudiovisual. Desisto de ser um homem do playground, quero ser do underground. Essa é uma alternativa existencial, porque não tenho muito tempo de vida. Quero dedicar esses últimos 30 anos que tenho para o amor verdadeiro, para as coisas reais. Não quero mais concorrer a editais, atravessar espinhos, pântanos, para chegar à terra prometida.

AT - Você recebeu R$ 1 milhão do governo do Estado para fazer seu filme. Isso faz cinco anos, e você ainda não terminou seu filme. Por conta disso, correm muitos boatos, de que você e/ou a empresa produtora não soube (souberam) administrar esse dinheiro, que vocês estouraram o orçamento, e que, por causa do atraso de Eu Me Lembro, não houve edital para cinema e vídeo do Estado em 2003. O que você acha dessa boataria?

EN - O governo não fez edital porque não quis! O filme não estava – como não está – concluído, mas, em termos formais, para as exigências do edital, nossa tarefa estava cumprida, e no prazo que eles estipularam. Exibimos o filme numa versão dada como finalizada, como foi exigido à (produtora) Truk, em fevereiro de 2003. Por que não fizeram concurso por nossa causa, se eles deram à Truk a última parcela que faltava do financiamento do filme, a tal parcela do filme pronto? Eles usaram isso como pretexto.

AT - Por que Eu Me Lembro está demorando tanto de ser finalizado?

EN - Tive que parar o processo porque não tinha mais grana. Tive que reduzir o número de seqüências durante a filmagem, de 120 para 83, também por conta do orçamento apertado. Mas isso não refletiu na qualidade do filme. Pré-editamos, paramos alguns meses, retomamos, para enxugar a edição, e, aí, paramos de vez, porque não tinha como continuar. Parou de vez em 2003, até hoje. Mas já exibimos em vídeo, na Sala Walter da Silveira, em maio desse ano, o que me deixou aliviado.

AT - Por que o alívio?

EN - Porque convivi muito tempo com o filme sem saber como iria bater nas pessoas. Quando bateu e a recepção foi positiva, calorosa, vi pessoas rindo e chorando, se emocionando, eu disse: ‘Meu Deus, o filme funciona! Aí, é só alegria. Não consegui dormir naquela noite, de alegria incontida. Estou muito satisfeito com o resultado final, mesmo com todas as dificuldades de produção. É meu filme e funcionou, apesar de todos os problemas.

AT - E o que falta agora, para ele sair da lata para a tela?

EN - Falta a edição de som, o pagamento de direitos autorais das músicas (que compõem a trilha), a criação e gravação da música original – que pedi ao Caetano (Veloso) para fazer –, mixagem e laboratório, que é a parte mais cara. Depois de tudo isso, tenho que parar de novo e esperar outra verba, a de lançamento, para fazer cópias, cartaz, mídia... Mas, estando pronta a primeira cópia, posso não lançar o filme comercialmente, passá-lo em festivais, ganhar notoriedade e, aí, ter verba de lançamento.

AT - É verdade que uma das coisas que estaria atrasando a saída do filme seria o pagamento dos direitos autorais da trilha?

Estou tentando liberar o direito autoral de mais de 30 músicas. São fonogramas caros para o filme, tanto em dinheiro quanto em memória. Isso vai ter que ser negociado com as editoras, e só uma determinada empresa está cobrando US$ 3,5 mil música de importância terciária ao filme. São quatro as músicas importantes: as duas mais são Luzia Luluza, de Gilberto Gil, e Shine On You Crazy Diamonds, do Pink Floyd. Depois vem O Que Foi Feito de Vera, de Milton Nascimento, e A Day In The Life, dos Beatles. Estamos em negociação.

AT - Fale um pouco mais de seu filme.

EN - Eu Me Lembro é um filme de memória. É a visão de um personagem inspirado em mim, abrindo um universo que abriga minha geração. Nele, eu trabalho coisas que me aconteceram, condenso fatos, acrescento coisas que aconteceram com outras pessoas, dou cores fortes em alguns momentos. Trabalho a tensão dramática como um ourives. Eu trabalho a anatomia do drama no filme com minha veia manipuladora dos fatos, da realidade. São 20 anos – de 1954 a 1974 – em 100 minutos.

AT - Então você passeia por dez anos de ditadura. A política é um aspecto importante no filme?

EN - O aspecto político daqueles anos aparece, apenas, como pano de fundo do filme. Esse eu do título é um eu poético que criei para representar a mim mesmo e à minha geração. Encaro isso de autobiografia como um carma, um exorcismo.

AT - Como é voltar a filmar?

EN - Tenho pânico de estar com uma equipe, com equipamentos caros e grana para financiar esse exército todo, com o taxímetro rodando. É muito para mim. Trabalho sob estresse violento, não fico nada confortável.

AT - Vinte anos é o tempo de uma geração. É o fechamento de um ciclo?

EN - Estou virando a página, encerrando esse ciclo e começando uma vida nova. Acabou o cinema, não quero mais dar murros em ponta de faca. A criação de Eu Me Lembro, por exemplo, já foi. Ficar cinco anos assim, sem terminar, dá uma sensação de atraso. Cinema é um atraso de vida.



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Sala Alexandre Robatto - Férias Infantis


Dia 07/01 (Sexta-feira)
FormiguinhaZ, às 14h00, 16h00, 18h00 e 20h00

Dia 08/01 (Sábado)
A Fuga das Galinhas, às 14h00, 16h00, 18h00 e 20h00

Dia 09/01 (Domingo)
Procurando Nemo, às 14h00, 16h00, 18h00 e 20h00

Dia 10/01 (Segunda-feira)
Shrek 2, às 14h00, 16h00, 18h00 e 20h00

Dia 11/01 (Terça-feira)
Toy Story, às 14h00, 16h00, 18h00 e 20h00

Dia 12/01 (Quarta-feira)
A Viagem de Chihiro, às 14h00 e 16h30
Palestra com o fotógrafo Márcio RM, às 19h00

Dia 13/01 (Quinta-feira)
Vida de Inseto, às 14h00, 16h00, 18h00 e 20h00


Passaram também:

Aristogatas (Dia 03/01)

Bernardo e Bianca (Dia 04/01)

As Biciletas de Belleville, (Dia 05/01)

Uma Cilada Para Roger Rabbit (Dia 06/01)


Massa!

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Le Monde
Sobre a pressão avassaladora exercida pelos EUA para não perderem terreno no campo audiovisual mundial.

Nicole Vulser


A cultura acabou se tornando uma valiosa meta estratégica no jogo da geopolítica global. Desde que as indústrias culturais se tornaram os bens de exportação mais importantes para os Estados Unidos, e no momento em que se negocia na Unesco (Organização das Nações Unidas em prol da educação, da ciência e da cultura) um projeto de convenção visando a proteger a diversidade cultural, a determinação dos americanos a preservar as suas vantagens adquiridas e a sua influência no mundo torna-se mais do que nunca um destaque da atualidade.

De 13 a 18 de dezembro, um grupo de 24 delegações aperfeiçoou o anteprojeto desta convenção, que deverá ser votada em outubro de 2005. As lutas que vêm sendo travadas dentro da Unesco para criar um instrumento jurídico bastante rígido destinado a proteger a diversidade cultural, refletem claramente uma batalha econômica muito mais vasta, a qual vem sendo conduzida cotidianamente pelos americanos.

O cineasta marroquino Nabil Ayouch sabe muito bem disso, desde que ele organizou, na qualidade de fundador da Coalizão marroquina em prol da diversidade cultural, uma manifestação pacífica em Rabat, em 26 de janeiro de 2003. A polícia interveio, ferindo levemente alguns dos manifestantes, enquanto a multidão, que estava reunida num ato em que todos ficaram sentados no chão, queria evitar que os acordos comerciais que estavam sendo negociados com os Estados Unidos permitissem que os americanos se apoderassem do conjunto do setor audiovisual privado marroquino.

"O acordo de livre-comércio deveria integrar todos os setores da economia", explica o diretor de "Une minute de soleil em moins" (Um minuto de sol a menos, 2003). "O nível das subvenções concedidas à cultura não pôde ser mantido, mas nada pôde ser realmente planejado no sentido de preservar a valer o futuro e autorizar a liberação de subvenções públicas nas novas tecnologias ou na Internet". "O pedido que nós estávamos formulando, que consistia em impor quotas de cinema nacional na programação televisiva ou de música marroquina nas rádios não deu em nada", lamenta Nabil Ayouch. "Em contrapartida, nós obtivemos ganho de causa em relação à lei sobre o audiovisual. Os americanos pretendiam poder adquirir mais de 49% do capital de um canal de televisão e modificar a lei para controlar vários deles. Isso não foi possível".

"Foi preciso que haja uma intervenção muito clara de Jacques Chirac junto às autoridades marroquinas para que o pior seja evitado", explicaram os assessores de François Loos, o ministro delegado para o comércio exterior.

"Os americanos propuseram abrir o seu mercado para os produtos agrícolas marroquinos. Em contrapartida, o Marrocos deveria de comprometer a renunciar à sua soberania em relação às suas indústrias culturais", sublinha o conselheiro de Renaud Donnedieu de Vabres, o ministro francês da cultura e da comunicação.

Ataques planejados e maciços

"Mas, muito concretamente", constata Nabil Ayouch, "os produtores marroquinos que tentam exportar frutas ou legumes para os Estados Unidos vêm enfrentando muitas dificuldades. Por exemplo, eles recebem uma notificação informando-os que os seus gêneros alimentícios não estão conformes com as regras de higiene requeridas, uma vez que os seus caminhões que as transportam passam por uma estrada situada a 300 metros de um depósito público de lixo. Diante disso, a recomendação é que eles devem dar uma volta de 80 quilômetros".

Para Jean Musitelli, um dos especialistas não-governamentais encarregados de preparar o anteprojeto de convenção, os americanos - os quais haviam se retirado da Unesco em 1984 e a ela voltaram a aderir recentemente - "mudaram de estratégia" em relação à futura convenção. "Após uma fase de comiseração no decorrer da qual eles não acreditavam mais neste projeto, eles resolveram atacar frontalmente quando viram que a história estava começando a pegar. Isso tudo se transformou em ataques planejados e maciços contra este projeto de convenção, que eles qualificam de protecionismo disfarçado", explica o antigo porta-voz do Elysée (palácio de presidência em Paris).

Assim, os Estados Unidos apresentaram, na semana passada, comentários gerais e emendas visando a modificar o
anteprojeto de convenção, procurando principalmente diluir o texto para esvaziá-lo de sua substância. A ponto de ampliar as suas aplicações às "matérias percebidas como religiosas", ou ainda às "línguas e à diversidade lingüística". Contudo, neste ponto preciso, eles não obtiveram ganho de causa.

De maneira mais nítida, os americanos consideram nos seus comentários que "a Unesco não deveria lidar com política
comercial, o que é da alçada da OMC". Acima de tudo, eles não querem que seja implantado um instrumento jurídico mais rígido e limitante que a Organização Mundial do Comércio (OMC).

Tom Cruise no Vietnã

Para Jean Musitelli, a outra tática dos americanos consiste em contornar a OMC ou a futura convenção da Unesco,
multiplicando os acordes bilaterais de nova geração. "Os americanos estabelecem precedentes em cada continente e
forçam sucessivamente os governos a renunciarem, o quanto for possível, à sua soberania sobre a sua política cultural", afirma o economista e sociólogo Robert Pilon, vice-presidente executivo da coalizão em prol da diversidade cultural no Canadá.

O Chile foi um dos primeiros a aceitar não modificar a sua legislação existente. Portanto, as suas quotas de difusão de obras audiovisuais não poderão se aplicar aos canais privados, nem à Internet. Apesar dos esforços da França para impedir que o Camboja fizesse uma oferta de liberalização das suas indústrias culturais, muito pouco ou nada pôde ser evitado. "Os americanos utilizam um monte de meios para obter o máximo de liberalização de serviços (cinema, televisão, música, livros, novas mídias). De maneira geral, tudo o que eles precisam fazer é reduzir os direitos alfandegários sobre determinados produtos que os países em questão desejam exportar", precisam assessores de François Loos.

"Existe uma graduação na escala das pressões exercidas pelos americanos", sublinha Jean Musitelli. "Neste momento, no Burkina Faso ou no Benin, diplomatas americanos empreenderam um intenso trabalho de lobby. Eles não hesitam a propor redigir as ofertas comerciais no lugar dos próprios representantes africanos, no que diz respeito aos acordos bilaterais", acrescentam os mesmos assessores de François Loos.

Jean Musitelli precisa que, em determinados países do leste da Europa do leste e no Vietnã, os americanos estão equipando o território com salas de cinema. Ao promoverem a vinda de Tom Cruise ou de qualquer outra estrela do circuito de Hollywood para a inauguração de um "multiplexo", eles estão cuidando de valorizar a sua imagem.

O braço-armado do lobby americano é a Motion Picture Association of America (MPAA), que reúne os principais
estúdios de Hollywood. O seu novo presidente, Dan Glickman, um antigo secretário de Estado da agricultura de Bill
Clinton, entendeu rapidamente qual era o sentido maior da sua missão.

Ele sabe melhor que qualquer outra pessoa que a exportação dos bens culturais estimula as exportações americanas como um todo. O que o levou recentemente a dizer, a respeito da convenção que está sendo preparada na Unesco: "A diversidade cultural não deve ser uma desculpa para criar novas barreiras". Seria impossível ser mais claro.


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